saneamento basico

Levantamento das condições de irrigação dos pequenos agricultores do município de Suzano-SP

Resumo

A gestão do uso da água é de suma importância para garantir sua disponibilidade e qualidade, e está empregada em todas as cadeias produtivas, direta ou indiretamente, assim como na agricultura onde sua utilização determina como será a produtividade da colheita. A agricultura é considerada a atividade que utiliza cerca de 70% da água no planeta, porém essa análise de consumo é equivocada a partir do momento que essa água evapora, retorna a jusante e infiltra, ou seja, é necessária uma avaliação mais complexa, como saber a quantidade de água que a cultura utiliza subtraída do volume precipitado (sendo o resultado a evapotranspiração). A tecnologia ajuda a diminuir essa problemática criando sistemas de irrigação eficientes na aplicação da água. Esta pesquisa é um estudo de caso que buscou saber sobre essa problemática da agricultura no município de Suzano por meio de questionários aplicados a vinte e cinco agricultores, que abordavam doze questões como: quais eram os métodos aplicados, como e de onde retiravam a água, qual era o período que irrigavam, entre outras. Os dados obtidos com os pequenos produtores rurais indicaram a falta de preparo e preocupação com a utilização da água, já que todos utilizam o método por aspersão. Um dos que apresentam o menor índice de eficiência.
Todavia o problema aumenta já que são os próprios irrigantes que adaptam o sistema, ou seja, diminuindo ainda mais a eficácia da técnica, além do que, empregam o uso da mangueira, que além de desperdiçar mais, não irriga uniformemente a plantação, ocasionando impacto no solo e no cultivo. Pelo exposto mesmo com o avanço de tecnologias, o emprego da água ainda é tratado de forma primitiva o qual não leva em consideração que as ações do presente vão afetar o futuro. Este fato reflete o comportamento dos agricultores, que deveriam se atentar ao emprego do melhor método em suas culturas, conseguindo uma potencial melhoria da produtividade e da qualidade ambiental.

Introdução

A água é uma substância vital presente na natureza, e constitui parte importante de todas as matérias do ambiente natural e antrópico. (TELLES & PACCA, 2007) “O ciclo da água, o mais básico ciclo ecológico, demonstra inequivocamente que ela é um bem insubstituível, essencial para todas as criaturas vivas”. (SENRA et al., 2010).

O termo “água” refere-se, via de regra, ao elemento natural, desvinculado de qualquer uso ou utilização. Por sua vez, o termo “recurso hídrico” é a consideração da água como um bem econômico, passível de utilização com tal fim. (REBOUÇAS, 2015). Considera-se, atualmente que a quantidade total de água na Terra seja de 1.386 milhões de km³, sendo que 97,0% do volume total formam os oceanos e mares, 2,2% nas geleiras e apenas 0,8% está na forma de água doce. Deste percentual de água doce, apenas 3% estão disponíveis na superfície do solo. (TELLES & PACCA, 2007) (SPERLING, 2005).

A intrínseca conexão entre água e vida, como mostram os registros históricos, era conhecida por cientistas e filósofos desde os primórdios das civilizações. (SENRA et al., 2010) Tales de Mileto, um dos maiores sábios da Grécia Antiga, considerava a água como a origem da vida de todas as coisas, defendia também, a existência de um “princípio único” para a natureza primordial, afirmando que “o mundo evoluiu da água por processos naturais”. (SENRA et al., 2010) Na renascença, Leonardo da Vinci referia-se à água como “o veículo da natureza”, o sangue do planeta e o nutriente mais importante de todos os seres vivos. (SENRA et al., 2010.

A civilização egípcia, uma das mais antigas da história, reverenciava o rio Nilo, que foi o responsável pela alta densidade demográfica, pela miscigenação de culturas que definiu a região, pelos assentamentos humanos e pelas migrações de povos em busca da fertilidade das terras de suas margens. Suas águas possibilitaram a existências da vida, propiciaram a comunicação, o comercio e favoreceram a agricultura. Todos os anos suas enchentes fertilizavam e regeneravam a terra. (SENRA et al., 2010).

O rápido crescimento da população mundial, a expansão urbanística, industrialização, agricultura, pecuária intensiva, produção de energia elétrica e o aumento desenfreado do consumo fez com o que quantidades crescentes de água passassem a ser exigidas. (SENRA et al.,2010). A agricultura é a atividade econômica responsável por 70% a 80% da água consumida no planeta. No Brasil, os dados da ANA mostram que, dos 840 mil litros retirados dos mananciais brasileiros por segundo, 69% são utilizados para a irrigação, diante de 11% para o consumo urbano, 11% para o consumo animal, 7% para as indústrias e 2% para a população rural. (SENRA et al., 2010).

Como consequência dos usos citados acima, a má gestão dos recursos hídricos, alterações meteorológicas e a distribuição irregular da água no território brasileiro. Contribuíram para a baixa disponibilidade hídrica, nas regiões que possuem alto índice populacional, porém pouca água disponível. (REBOUÇAS, 2015).

O período tradicionalmente chuvoso da região Sudeste, que vai de outubro a março, foi caracterizado por uma estiagem atípica entre 2013 e 2015. Em 2015 a região Sudeste apresentava um volume de 5,5 milhões de L/s e 85,1 milhões de habitantes. A seca nesta região atingiu ao menos 133 cidades que, juntas, reúnem 23% do PIB brasileiro. (BACIC & DOMINGUES,s/d) (VASCONCELOS, s/d). Em São Paulo, de seus 645 municípios, 92 (14%) enfrentam algum tipo de dificuldade referente à falta d’água. O número de habitantes somente na capital de São Paulo cresceu de 4,8 milhões em 1960 para 11,8 milhões em 2013. (BACIC & DOMINGUES, s/d) (COHEN, s/d).

Por conta disso, restringiu-se a disponibilidade de água para os projetos de irrigação por duas razões: a própria escassez e a prioridade ao abastecimento humano e dessedentação animal. (FERNANDES et al., 2008) (BRASIL, 1997) Em relação a projetos de irrigação no mundo tem-se, que a América do Norte já utiliza 12% de seus recursos hídricos em irrigação, enquanto América do Sul somente 1%. A Agricultura nos Estados Unidos utiliza 71%, enquanto que no México 64%. A área irrigada nas Américas é de 48.384.878 ha, dos quais 57,7% estão nos Estados Unidos, 13,3% no México e 6,5% no Brasil. Constata-se que a agricultura irrigada no Brasil é de longe, o maior usuário: cerca de ¾ partes do total consumido são atribuídos à irrigação. (FERNANDES et al., 2008). Com o crescimento populacional, a humanidade se vê compelida a usar a maior quantidade possível de solo agricultável, o que vem impulsionando o uso da irrigação, não só para complementar as necessidades hídricas das regiões úmidas, como para tornar produtivas as áreas áridas e semiáridas do globo, que constituem cerca de 55% de sua área continental total. Atualmente, mais de 50% da população mundial depende de produtos irrigados. (CHRISTOFIDIS et al., s/d).

Por conta disso, restringiu-se a disponibilidade de água para os projetos de irrigação por duas razões: a própria escassez e a prioridade ao abastecimento humano e dessedentação animal. (FERNANDES et al., 2008) (BRASIL, 1997) Em relação a projetos de irrigação no mundo tem-se, que a América do Norte já utiliza 12% de seus recursos hídricos em irrigação, enquanto América do Sul somente 1%. A Agricultura nos Estados Unidos utiliza 71%, enquanto que no México 64%. A área irrigada nas Américas é de 48.384.878 ha, dos quais 57,7% estão nos Estados Unidos, 13,3% no México e 6,5% no Brasil. Constata-se que a agricultura irrigada no Brasil é de longe, o maior usuário: cerca de ¾ partes do total consumido são atribuídos à irrigação. (FERNANDES et al., 2008). Com o crescimento populacional, a humanidade se vê compelida a usar a maior quantidade possível de solo agricultável, o que vem impulsionando o uso da irrigação, não só para complementar as necessidades hídricas das regiões úmidas, como para tornar produtivas as áreas áridas e semiáridas do globo, que constituem cerca de 55% de sua área continental total. Atualmente, mais de 50% da população mundial depende de produtos irrigados. (CHRISTOFIDIS et al., s/d).

Autores: Robson Fontes da Costa; Thamiris de Campo Luduvice e Viviane de Jesus Santos.

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