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Filtração Membranas Águas Abastecimento

Sistema piloto de filtração em membranas para remoção de diuron e diclofenaco em águas para abastecimento

Filtração Membranas Águas Abastecimento

Resumo:

A contaminação das águas superficiais com agrotóxicos e fármacos tem sido uma preocupação crescente devido ao uso indiscriminado desses produtos em função do aumento da produtividade agrícola e da automedicação.

Portanto no Brasil, a maioria das estações de tratamento de água utiliza o tratamento por ciclo completo, composto pelas etapas de coagulação, floculação, sedimentação e filtração, que são pouco eficientes na remoção desses contaminantes, o que requer a adoção de tecnologias complementares de tratamento. A filtração em membranas consiste em um processo de separação físico-química de partículas, sendo uma técnica promissora na remoção de contaminantes orgânicos presentes em águas.

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Contudo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho da filtração em membranas para remoção dos contaminantes diuron – DIU e diclofenaco – DCF, como alternativa ao ciclo completo, à filtração em meio granular e como pós-tratamento em instalação piloto.

Em suma o método de análise quali-quantitativo de DIU e DCF foi implementado e validado conforme Anvisa (23) e Inmetro (211) em UPLC-MS/MS, apresentando linearidade (correlação de 99,99% para DIU e 99,73% para DCF), sensibilidade (LQ de 5,5 µg L-1 para DIU e 23,6 µg L- 1 para DCF), precisão (menor que 28,63%), exatidão (13,3% de recuperação para DIU e 111,1% de recuperação para DCF), efeito matriz e especificidade/seletividade satisfatórios para este trabalho.

Em conclusão para os experimentos de filtração em membranas foram adotadas pressões de alimentação de. 3, 5, e 7,5 bar para microfiltração – MF, nanofiltração – NF e osmose inversa- OI, respectivamente, com duração de 5 horas para cada experimento.

Filtração Membranas Águas Abastecimento

Portanto o tratamento por ciclo completo, em escala de bancada, apresentou eficiência de remoção de 24% para DIU e de 19% para DCF. Com concentrações residuais médias de 731,5 e 46,77 µg L-1, respectivamente, comprovando sua limitada remoção de ambos os compostos. A técnica de filtração em membranas de MF seguida por OI foi a mais eficiente na remoção de DIU e DCF, tanto como alternativa ao ciclo completo como à filtração em meio granular.

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Quando comparada à alternativa de ciclo completo, foram obtidas após a OI, porcentagens de remoção de DIU e DCF de 95,3 e 99,8%. Com concentrações residuais na amostra composta de 45,14 µg L-1 e ,9 µg L-1, respectivamente. Já quando comparada à filtração em meio granular, as remoções de DIU e DCF foram de 96,5 e 99,4%. Com concentrações residuais na amostra composta de 27,31 e ,24 µg L-1, respectivamente.

A OI foi a única alternativa técnica de pós-tratamento capaz de remover eficientemente os contaminantes DIU e DCF. Apresentando porcentagens de remoção de 94,8 e 99,8% e concentrações residuais de 31,47 e ,7 µg L-1, respectivamente.

Autora: Rafaela Mayumi.

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