saneamento basico

A interface GIS/BIM na mitigação de riscos de enchentes em áreas urbanas

 

Resumo

No Brasil, há recorrência de municípios atingidos por enxurradas ou inundações bruscas, com prejuízos físico e socioeconômico, e demanda por medidas estruturais visando mitigação de riscos. O arcabouço tecnológico GIS/BIM pode subsidiar o planejamento urbano e medidas de prevenção, contemplando simulações e análises. O objetivo deste estudo é analisar o potencial da interface GIS/BIM na mitigação de riscos de enchentes em áreas urbanas. Adotou-se o estudo de caso explanatório seguido de experimento, inerente ao fenômeno ocorrido no município de Iconha-ES. Observou-se a capacidade de tomada de decisão orientada pelo entendimento de condições existentes, medidas de controle e materialização das soluções.

Introdução

As relações entre o homem, suas cidades e os rios ao longo do tempo compreendem diversas formas de interação –diante da dinâmica e sazonalidade naturais dos corpos d’água e, sobretudo, das necessidades e expectativas humanas[1]. Devido à intensidade de ações antrópicas, a exemplo da impermeabilização de áreas adjacentes a córregos, e a ocupação de regiões tanto altas, como alagáveis, houve crescimento de problemas críticos e impactos inerentes às enchentes[2].

No Brasil, conforme pesquisa do IBGE[3], 28,5% de 5570 municípios da amostra são atingidos por enxurradas ou inundações bruscas, com ocorrências de edificações atingidas, pessoas desalojadas ou desabrigadas, e óbitos.Ainda,1729 destes 5570 municípios declararam ter sido atingidos por alagamentos nos quatro anos anteriores ao levantamento. Logo, há prejuízos físicos e socioeconômicos; e demanda significativa por medidas estruturais e não estruturais para mitigação de riscos de enchentes.

As medidas estruturais consistem em projetos que promovem mudanças no sistema fluvial, como diques, sistemas de armazenamento e retardo de vazão. As medidas não estruturais, que visam minimizar os impactos das precipitações, compreendem a regulamentação de áreas alagáveis, proteção em edificações existentes, ou seguro-enchente. Em ambos os casos, as soluções podem tornar-se complexas, diante de múltiplas variáveis inerentes às características climatológicas e físicas de bacias hidrográficas; condições climatológicas, como distribuições temporal e espacial de precipitações; afora o manejo de áreas ocupadas; e custo elevado das obras[2].

Autores: Pedro Luís Soethe Cursino; Fernanda Almeida Machado e Sergio Scheer.

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