saneamento basico

O metaverso do ESG

Resumo

Em 2015, o Stockholm Resilience Institute atualizou seu estudo sobre limites planetários, publicado pela primeira vez em 2009, e revelou que a humanidade já está vivendo fora de um espaço operacional seguro em relação a quatro dos nove limites planetários: mudanças climáticas, biodiversidade, mudanças no sistema terrestre e fluxos biogeoquímicos, que são os ciclos de nitrogênio e fósforo da Terra, fortemente impactados pelo agronegócio e pela indústria globais2 . Uma nova atualização está prevista para o ano de 2022, que certamente irá incorporar os resultados do sexto relatório do Painel Internacional sobre Mudanças do Clima3 (IPCC), o qual aponta para alterações irreversíveis dos efeitos das mudanças climáticas, como o aumento contínuo do nível do mar.

Ainda na dimensão ambiental, um estudo feito pela Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) mostra que há fortes evidências de que já estamos no meio de uma extinção em massa global: 25% das plantas e animais avaliados, o que representa um milhão de espécies, estão deixando de existir.

Quanto à camada da sociedade, se houve alguma evolução nos últimos anos em relação à pobreza e à desigualdade social, a Covid-19 nos levou de volta para trás. Dados do relatório lançado pelo Banco Mundial em 20214, mostram que, em dois anos de pandemia, houve um avanço significativo de pessoas em situação de pobreza e pobreza extrema, sendo os países africanos e sul-asiáticos os mais afetados. Conforme critérios adotados pelo banco, são consideradas pessoas pobres quem vive com renda per capita inferior a US$ 5,50 por dia (3,27 bilhões de pessoas) e extremamente pobres quem vive com US$ 1,90 por dia (696 milhões de pessoas). No Brasil, o total de pobres quadruplicou em relação à linha de US$ 1,90 por dia (ou R$ 155 por mês), superando 50 milhões de pessoas (24,1% da população).

Além disso, as taxas de saneamento do país permanecem como um desafio aparentemente invencível: segundo o Instituto Trata Brasil e seu Ranking 20217 –com dados oficiais de 2019 do (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) –, ainda mantemos quase 35 milhões de pessoas sem serviços de água tratada, sendo 5,5 milhões nas 100 maiores cidades. Aproximadamente 100 milhões permanecem sem acesso à coleta de esgotos. Sem tratar 49% dos esgotos que geramos, estamos jogando na natureza cerca de 5,3 mil piscinas olímpicas por dia de dejetos no meio ambiente.

Autores: Mario Monzoni e Fernanda Carreira.

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