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Microplásticos: Contaminantes de Preocupação Global no Antropoceno

Resumo

Desde o início da produção em massa do plástico, em meados do século XX, a contaminação ambiental por esse material antropogênico tem sido crescente e cada vez mais aparente, sendo até considerado um indicador geológico potencial no Antropoceno. Microplásticos é um termo usado para agrupar uma gama de diferentes materiais sintéticos poliméricos de tamanho <5 mm. Esses materiais têm sido relatados por diversos estudos, em diferentes matrizes ambientais, a nível global e apresentam riscos físicos e químicos para os organismos na base da cadeia alimentar. No entanto, no Brasil, o interesse pelo assunto é relativamente novo e poucos estudos foram publicados nos últimos anos. Aqui apresentamos uma visão geral da indústria do plástico, os microplásticos como contaminantes no Antropoceno e revisamos a literatura sobre a contaminação por microplásticos em matrizes ambientais brasileiras com suas respectivas metodologias.

Introdução

Os polímeros são materiais constituídos por macromoléculas, estruturas químicas de alto peso molecular, formadas por uma grande cadeia de monômeros, unidades químicas menores, que são unidas por ligações covalentes e que se repetem ao longo da cadeia. Os polímeros podem ser naturais, como a seda, ou sintéticos, como o polietileno, e classificados como termoplásticos (Plástico, do Grego, “adequado à moldagem”) ou termorrígidos (borrachas e fibras).

Os termoplásticos são considerados uma subcategoria da classe de polímeros orgânicos sintéticos e são facilmente fabricados, pois são passíveis de serem moldados quando submetidos ao aquecimento, tornando-se um fluido ou líquido viscoso, e se solidificam por resfriamento, em um processo reversível.

Desde esse período até os dias atuais, esses polímeros sintéticos foram significativamente desenvolvidos em termos de diversidade de materiais com amplas e vantajosas propriedades, o que justifica o seu uso nos mais variados setores da sociedade.2,3 Dessa forma, em função de seus atributos como alta durabilidade, leveza, transparência, maleabilidade, impermeabilidade e, principalmente, devido ao seu baixo custo, os plásticos podem ser considerados materiais onipresentes da sociedade moderna atual.

A utilização dos plásticos em substituição aos materiais tradicionais como o vidro, os metais e as madeiras tem sido cada vez mais frequente, o que em alguns aspectos contribui para a qualidade de vida da sociedade e proporciona diversos benefícios.1-3 Por exemplo, na área da saúde, a substituição da seringa de vidro, entre outros materiais, por materiais de plásticos descartáveis possibilitou a redução dos riscos de contaminação inerente aos procedimentos hospitalares.

Autores: Glaucia P. Olivatto; Renato Carreira; Valdemar Luiz Tornisielo e Cassiana C. Montagner.

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