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DAEE afirma que operação da barragem da Penha não influencia cheia no Alto Tietê

DAEE afirma que operação da barragem da Penha não influencia cheia no Alto Tietê

Barragem Tietê

Após um pedido de ajuda feito por prefeitos do Alto Tietê para controlar as cheias neste início de ano, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) esclareceu que monitora a situação e descarta mudanças na atual operação da Barragem da Penha, localizada em São Paulo.

Essa represa tem a função de controlar a vazão do rio Tietê e também de regular as cheias na Bacia do Alto Tietê. No entanto, afirma o DAEE, a operação da estrutura não estaria interferindo nas enchentes e alagamentos em cidades da região. Isso porque, segundo o órgão, o nível da represa localizada em São Paulo está abaixo do registrado em Itaquaquecetuba.

Em 2020, esse mesmo pedido foi feito por prefeitos do Alto Tietê ao governo do Estado quando moradores enfrentaram os alagamentos. Agora, os gestores solicitam ainda outras medidas, como a limpeza de rios, para prevenir esses prejuízos.

Os esclarecimentos encaminhados nesta sexta-feira (10) a O Diário são resposta ao pedido feito ao governo do Estado pelo presidente do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), o prefeito Caio Cunha (PODE), de Mogi das Cruzes.

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Os prefeitos defendem que a abertura das quatro comportas iria acelerar o escoamento das águas da Bacia do Rio Tietê. Uma reunião com representantes do DAEE deverá ser agendada, atendendo ao pedido assinado pelos prefeitos.

 Argumentos

Na nota, o DAEE explica que o maior nível histórico registrado na Barragem da Penha foi de 724,7 m (altura em relação ao nível do mar), cerca de 6 metros abaixo do registrado em Itaquaquecetuba, cujas margens estão na cota 732 m, e é uma cidade localizada alguns quilômetros antes do reservatório em questão.

“Portanto, a operação da estrutura não interfere nas cheias em municípios que estão localizados em uma cota superior”, explica o DAEE, que também encaminhou um gráfico que mostra os níveis atingidos pela Bacia a partir de Salesópolis – todos superiores ao indicado na Penha.

“A regra operacional de controle de cheias da estrutura determina que as comportas sejam fechadas quando o rio Tietê atinge a cota de 720 metros à jusante (após a Barragem no sentido capital). Nessas condições, as comportas são fechadas gradativamente, quando o nível do Tietê antes da barragem atinge a cota superior das comportas – 723 metros – a água escoa por cima das mesmas. Sendo assim, o fechamento das comportas não impede o fluxo total da água, ele apenas retém água até certo nível”, esclarece.

O orgão lembra que a situação enfrentada por bairros das cidades de Mogi das Cruzes, Suzano e Itaquaquecetuba neste início de 2023 resultam do alto índice de precipitações, comum no período chuvoso de verão.

Os números divulgados pelo órgão estadual indicam que a bacia do Alto Tietê recebeu em média 200,7 mm de chuvas em janeiro e, mais da metade do que isso,114,9 milímetros nos primeiros dias de fevereiro, “fato este que ocasionou as cheias na região”.

Sobre a operação da Barragem da Penha, ainda, o estado afirma que as quatro comportas hoje estão fechadas e “não houve necessidade de outras manobras operacionais”. Garante, ainda, que o departamento segue “atento ao monitoramento do Tietê”.

Essa atenção ocorre 24 horas e acompanha “as condições hidrológicas e meteorológicas em diversos pontos e emite alertas a Defesa Civil quando necessário para garantia da segurança das pessoas, principalmente aquelas que vivem em áreas vulneráveis e de risco”.

As causas

O DAEE, na explicação, realça que “as cidades são impactadas em maior ou menor grau devido a intensidade e duração das chuvas, das condições topográficas e hidrografia do município, do uso e ocupação do solo, do grau de impermeabilização das ruas, das condições dos sistemas de drenagem, da coleta e disposição de resíduos sólidos e saneamento, entre outros fatores”.

Por fim, também confirmou que o Condemat solicitou uma reunião com a direção do DAEE, “o que está sendo planejado entre os envolvidos”.

Fonte: O Diário

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