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Poluição na Lagoa da Conceição

Casan investirá R$ 230 milhões para obra de estação de tratamento em São José/SC

Imagem Ilustrativa

Após as declarações do prefeito de São José, Orvino Coelho de Ávila, que admitiu a possibilidade de romper o contrato de concessão com a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), caso a obra da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Potecas não saia do papel, a empresa se manifestou sobre o assunto.

As atuais lagoas de estabilização serão desativadas e substituídas por uma moderna ETE, que deverá garantir a qualidade do efluente tratado e o controle de odores

Segundo a Casan, a companha tem realizado investimentos na cobertura tanto de água quanto de esgoto e que deverá antecipar as metas do novo marco do saneamento em até quatro anos na cidade de São José.

Ontem, a Câmara de Vereadores recebeu o projeto de lei que trata de doação de área adicional à Casan para construção da ETE Potecas.

Segundo a prefeitura, o projeto prevê a permissão do uso de uma área adicional de 110 mil m² para a obra. Com isso, o Executivo que já havia destinado 75 mil m², disponibiliza uma área total de 185 mil m² para a nova estação.

De acordo com o diretor de Operação e Expansão da Casan, Pedro Joel Horstmann, a companhia tem como foco atender o novo marco do saneamento, que prevê em 2033 está com 99% de cobertura de água e 90% de cobertura de esgoto em São José. “A gente quer cumprir em São José no ano de 2027”, diz.


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Vazão de esgoto

Horstmann frisou que com a nova estação de tratamento de esgoto em Potecas e outras iniciativas irão dobrar a vazão, que passará de 300 para 600 litros, por segundo, para chegar aos 90% de cobertura do município previsto no marco do saneamento.

O diretor reforçou ainda que a licitação da obra da ETE Potecas está em fase de conclusão, já que houve um questionamento da empresa segunda colocada no certame. O total de investimento é em torno de R$ 250 milhões.

As lagoas de estabilização serão desativadas e substituídas por uma moderna ETE, com tecnologia avançada para garantir a qualidade do efluente tratado e o controle de odores.

A unidade atual tem capacidade de vazão média de 423 litros por segundo. O novo projeto prevê, na primeira etapa, capacidade de tratar uma vazão média de aproximadamente 600 e, na segunda etapa, 800.

O planejamento prevê que o local onde hoje existem as lagoas passe por recuperação ambiental, dando lugar a um parque urbano, com áreas de lazer e prática de esportes.

“A lagoa de estabilização é um processo antigo. Ele é eficiente só que ele precisa de uma área muito grande e que não tenha morador em volta, porque ela causa um certo odor. Quando foi criada na década de 80, não tinha morador em volta. Os moradores vieram depois em torno da estação”, contou Horstmann.

Tratamento terciário

O diretor de operação da Casan informou que o modelo de tratamento na ETE Potecas é o chamado tratamento terciário, que além da remoção da matéria orgânica, remove alguns nutrientes.

“É um processo físico químico que vai eliminar supostos nitrogênios. É um tratamento mais moderno que tem hoje no país e no mundo”, reforçou.

“Quando tiver a nova pronta, a Casan vai secar a lagoa e fazer um Plano de Recuperação Ambiental, tecasaterrar aquela área e devolver para o município”, explicou.

Horstmann lembrou que o espaço onde estão as lagoas de estabilização é maior do que a área que a prefeitura está disponibilizando para Casan instalar a ETE Potecas.

Sobre a informação do prefeito na qual a Casan pediu terreno de 50 mil m² e foi repassada uma área de 75 mil m², a companhia informou que em setembro de 2021, a Casan enviou ofício solicitando 185 mil m² para construção da ETE Potecas, e que nenhum momento solicitou mais área.

Fonte: ND Mais.

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