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Aneel: algumas obras na rede de energia não ficarão prontas para Copa

Em relatório técnico, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) conclui que parte das obras de reforço na rede de distribuição, projetadas para minimizar o risco de apagão durante os jogos da Copa do Mundo, está com “atrasos significativos”. Com base em informações das próprias distribuidoras, a agência considera que algumas intervenções para melhoria da qualidade do serviço no mundial não ficarão prontas a tempo.

O acompanhamento está centrado em analisar, exclusivamente, o trabalho das concessionárias de distribuições responsáveis por atender as capitais brasileiras que sediarão os jogos do mundial no próximo mês. O curioso é que parte das obras consideradas, inicialmente, essenciais para garantir o fornecimento de energia foi excluída da relação de ações necessárias.

Segundo a Aneel, as medidas programadas são dividas em dois grupos. O primeiro refere-se a atendimento aos critérios estabelecidos pela entidade organizadora do evento, a Fifa, com o intuito de garantir o suprimento de energia das arenas. O segundo grupo está associado às medidas de aumento da confiabilidade, propostas pelas empresas, em outras principais regiões das cidades-sede.

Obras em risco

O relatório, datado de 30 de abril, informa que já foram concluídas as obras propostas pelas distribuidoras Celpe (PE), Cosern (SE), Coelce (CE), Light (RJ) e Coelba (BA). Porém, foram registrados “atrasos significativos” em obras da CEEE (RS), Copel (PR), Cemig (MG) e da Ame (AM).

A Aneel relatou que sete obras da Cemig “não serão concluídas para atendimento à Copa 2014”. A distribuidora, no entanto, garantiu ao órgão regulador que “tais obras não impactarão no fornecimento de energia durante o evento”.

De acordo com as análises apresentadas no relatório, a distribuidora Ame tem obras consideradas “indispensáveis” para atingir o grau de confiabilidade exigido pela Fifa e está com 80% da montagem concluída. A empresa informou que estes reforços devem ser concluídos apenas neste mês que antecede o evento.

No caso da CEEE, as obras de atendimento do estádio Beira Rio tinha previsão de ser concluída no fim de abril. A companhia gaúcha se comprometeu, inicialmente, a fazer 22 obras, mas 14 delas foram retiradas da listagem. A distribuidora considera que as oito obras restantes são suficiente para garantir o nível de confiabilidade exigido para atender o evento.

A CEB ainda não concluiu as obras de subestações que vão conter o risco de problemas no atendimento do Estádio Nacional, Mané Garrincha. A companhia retirou de sua listagem uma das 11 obras propostas inicialmente e informou à agência que as dez obras restantes já estavam concluídas.

Das 23 obras propostas pela Eletropaulo, 17 foram concluídas e as demais estão com data de conclusão prevista para maio. Segundo o documento técnico, com a proximidade de conclusão das obras da data de início do evento, as intervenções correm “risco de não serem concluídas a tempo”.

Fonte: Valor Econômico
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