A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) vai monitorar, até sexta-feira (5), os impactos do vazamento de cerca de 2 mil litros de óleo no canal do estuário de Santos, que aconteceu na última segunda-feira. A medida é necessária para verificar se houve mortandade de peixes e qual é a real extensão do dano ambiental causado pelo incidente. O resultado dessas análises vai definir os valores das penalidades aplicadas pelo órgão ambiental e pela Autoridade Marítima.
Na última segunda-feira, pelo menos 2 mil litros de óleo combustível (bunker) vazaram durante o abastecimento do navio Shao Shan 5, atracado no cais do Armazém 19, operado pela Rumo Logística. A embarcação chinesa, carregada com 60 mil toneladas de milho, já deixou o Porto de Santos após um intenso serviço de limpeza.
Os trabalhos de retirada dos resíduos no mar também já foram concluídos, segundo a Cetesb. Por enquanto, não foi constatada mortandade de peixes.
Dez tambores de 200 litros de resíduos foram recolhidos nas proximidades do Armazém 19. O óleo estava distribuído pela beira do costado e pelo convés da embarcação, por onde ocorreu o vazamento.
Em relação às penalidades aplicadas pela Autoridade Marítima, os trâmites serão um pouco mais longos. A conclusão deve acontecer em 90 dias.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos, está apurando se a embarcação estava cercada durante o abastecimento, como manda a norma. Além disso, a estatal quer saber se o óleo passou por cima da barreira por conta de alguma marola ou pelo deslocamento da maré.
A Docas fará um relatório a ser encaminhado para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), responsável legal pela aplicação de penalidades.
Fonte: A Tribuna
Foto: Jorge Mesquita/Estadão Conteúdo