“O diabo pode citar as escrituras, quando isso lhe convém”. Assim é a política e quando outros interesses ultrapassam atender a população. As pessoas residentes, que têm suas propriedades desde a Vila da Prata, Parque Morumbi e Conjunto São Sebastião em Mogi das Cruzes, sofrem com os descasos da administração pública.
É comum se transitar pelas ruas desses bairros e conviver com o odor dos esgotos exalados das bocas de lobo e nas guias onde os dejetos correm a céu aberto. “Tapar o sol com a peneira é uma das estratégias que estão sendo utilizadas para justificar serviços”. No Parque Morumbi, as nascentes naturais continuarão sendo contaminadas. Depois de cinco anos, apenas querem instalar uma Estação de Tratamento de Esgotos Tubular (provisória) que tecnicamente não atende às leis estaduais e federais. Por um lado a Cetesb (Companhia de Saneamento Ambiental) estuda uma formula de dar o licenciamento para a obra, e já vão se completar um ano da data do pedido do Semae (Serviço Municipal de Águas e Esgotos), pois serão necessárias várias adaptações no equipamento para que, entre aspas possa atender os padrões de saneamento.
Afirmou o diretor do Semae, na última reunião, com a presença da imprensa, que já cumpriu todas as solicitações da Cetesb e que foram solicitados mais três exigências, mas o Semae não vai cumprir porque, segundo ele, a autarquia já cumpre as determinações da lei. O que não se entende é que os equipamentos de tratamento de esgotos já saem da fábrica com todas as tecnologias da legalidade e toda adaptação que for feita posteriormente elimina a garantia do produto.
Ora, com quem está a verdade? Será que precisamos apelar para o Ministério Público, para que se resolva esse imbróglio desgastante? Respeito com a população é preciso e a cada dia se torna mais distante essa referência.
Fonte: O Diário de Mogi
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