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Caema vai gastar quase R$ 15 milhões para tentar despoluir dois rios em São Luís

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Presidente da Caema, Davi Telles

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão investirá mais alguns milhões na frustrada tentativa de despoluir os Rios que são os principais causadores da poluição nas praias de São Luís. O contrato firmado no último dia 5 de agosto com a empresa D.L Engenharia no valor de R$ 14.688.11,98 é para a execução dos serviços de implantação e ampliação do sistema de esgotamento sanitário de São Luís- Subsistemas dos Rios Claros e Pimenta.

Coincidência ou não o contrato foi firmado seis dias antes de vim à tona mais um derramamento de esgoto nas praias de São Luís. Quem frequenta as praias da capital sabe que o problema é recorrente e que nossas orlas nunca estiveram 100% livre da poluição e muito menos própria para banho.

O diretor da Caema, Davi Telles, ao ser informado logo nas primeiras horas da manhã de terça (11) sobre as imagens que circulavam nas redes sociais de forma negativa, tratou logo de acionar a assessoria do órgão para que fosse divulgado uma nota à imprensa.

Poluição no Rio Pimenta

Poluição no Rio Pimenta

A nota informa que foi constatada uma pane no equipamento da elevatória de esgoto no Cohajap ocasionando extravasamento de esgoto para um afluente do Rio Calhau o órgão informou também que o problema foi corrigido e que o local da ocorrência citada onde desemboca o Rio Calhau receberá obras de recuperação total, com a retirada de todos os pontos de lançamento de esgoto. O presidente do órgão disse ainda que irá abrir uma investigação sobre o esgoto na litorânea.

Para quem não sabe o Rio Calhau localizado entre as Praias de São Marcos e Calhau é o mais poluído com 24 mil NMP/100 ml, ou seja, 24 mil coliformes fecais a cada 100 mililitros de água coletada, de acordo com estudo feito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Embora, o Rio Calhau seja considerado o principal poluente das nossas praias, o contrato de R$ 15 milhões não servirá para fazer reparos no sistema de esgotamento do mesmo.

Registro do Rio Pimenta poluindo a praia do Caolho

O montante pago a empresa de engenharia será para tentar solucionar o sistema sanitário do Rio Pimenta que fica localizado  na divisa do Calhau com o Olho D’agua , que de acordo com estudos feitos é considerado o segundo maior poluidor do litoral. O Rio Pimenta é localizado nas proximidades do prolongamento da Avenida Litorânea, local que já apresentou diversos problemas por conta da falta de infraestrutura.

Além do Rio Pimenta, o Rio Claros é o segundo incluso para receber os reparos de acordo com a publicação do Diário Oficial. Este, porém o “menos” poluído fica localizado entre as praias do Calhau e Olho d’Água.

Entra e sai ano e a situação é a mesma. Ainda no início do ano de 2013, o então Ministro do Turismo Gastão Vieira destinou cerca de R$ 30 milhões para despoluir praias que já estavam limpas a polêmica na época foi abordada aqui blog.

Um estudo feito ainda no início deste ano por um pesquisador da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), apontou que o Rio Calhau, Rio Pimenta, Rio Claros e Jaguarema são os responsáveis pela poluição da orla marítima. Ainda de acordo com dados do IBGE, o Maranhão tem uma das piores coberturas de esgotos do país. No Maranhão apenas 16,39% da população tem acesso a cobertura de esgotamento sanitário e em São Luís apenas 45,57% da população são assistidas por rede de esgoto.

O leitor do blog Gabriel Gazolla encaminhou via email imagens feitas por ele em fevereiro de 2013, onde se observa  que o problema de esgotamento sanitário nas proximidades do parquinho da Avenida Litorânea é recorrente e que a desculpa utilizada pelo órgão da Caema não cola. O que ocorre é que órgão ainda não teve competência nem responsabilidade suficiente em sanar de uma vez por todas os problemas das praias de São Luís.

Serão mais R$ 15 milhões investidos nestes locais que já viram muito dinheiro e continuam com os mesmos problemas. A população aguarda que algo mude desta vez.

 

 

Foto: Gabriel Gazolla onde mostra que o problema no Rio Calhau é recorrente

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