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Casal admite possibilidade de adotar rodízio de água em Maceió

Com 58% a menos de chuva, este ano, em relação à média histórica, Alagoas vive crise no abastecimento de água para consumo humano. A seca, alerta o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), engenheiro Clécio Falcão, já atinge 75% dos municípios, inclusive a capital. Segundo o Comitê de Combate à Seca, 86% da área do Estado está em nível de seca extrema ou excepcional.

Em Maceió, a Casal informa que tem adotado providências para garantir a distribuição equilibrada da água, e uma das medidas analisadas é um novo rodízio entre os bairros, principalmente da parte alta.

“Maceió já apresenta sinais de exaustão de seus mananciais”, revela Clécio, ressaltando que a crise deve se estender pelos próximos três meses. No interior, municípios do Sertão e Agreste estão bem próximos de um colapso no abastecimento, devido à baixa vazão dos reservatórios de captação.

A própria Casal divulgou dados de um estudo em que constatou situação de risco iminente em 12 municípios e dificuldades na distribuição em 14 outros. A lista inclui os municípios de Minador do Negrão, Estrela de Alagoas, Ibateguara, Messias, Santa Luzia do Norte, Colônia Leopoldina, Rio Largo, Murici, Novo Lino, Satuba, Maragogi, Porto de Pedras e Matriz do Camaragibe.

Há seis anos consecutivos as chuvas que caem no Estado ficam abaixo da média histórica, informa o presidente da Companhia de Abastecimento e Saneamento. A média climatológica é baseada na quantidade de chuva que caiu no período de 1961 a 1990, e serve para que os órgãos de pesquisas meteorológicas estimem a quantidade de chuva que deve ser esperada no inverno.

Em Maceió, por exemplo, o nível de chuva foi 56% abaixo do aguardado para todo o ano de 2016. Esperava-se em torno de 1256,20 milímetros, no período de janeiro a novembro, mas o registro foi de 882,70 milímetros. Essa situação impõe medidas contra o desperdício, afirma o engenheiro Clécio Falcão, que, ontem, apresentou ao governo, durante reunião do Comitê Integrado de Combate à Seca, um relatório sobre a crise no abastecimento de água.

Fonte: Gazeta de Alagoas

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