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Crise no abastecimento de água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e privatização da Cedae

  • Investimentos, Meio Ambiente, PPP & Concessões
  • junho 16, 2020

Os moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) foram surpreendidos no inicio de janeiro de 2020 com uma crise no abastecimento de água. Segundo a população, houve alteração na coloração, no sabor e um forte odor na água.

Em nota a CEDAE (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) informou que essas alterações foram decorrentes de uma substância orgânica chamada geosmina, e que a mesma não oferecia toxicidade à água e nem riscos a saúde. Em contrapartida, no mesmo período muitas pessoas relataram problemas de saúde como gastroenterite, náuseas e manchas pelo corpo, podendo ser associado à baixa qualidade da água.

Pesquisadores da UFRJ descartaram a presença de geosmina na água

No último dia 04, foi divulgado um estudo feito por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que identificou que o gosto e o odor na água de abastecimento do RJ não foram ocasionados pela geosmina, como supôs a CEDAE. A análise foi realizada pelo Laboratório de Microbiologia da UFRJ e os pesquisadores observaram durante 3 meses a qualidade da água da estação de captação da Cedae. O laudo apontou que a substância encontrada na água, embora seja similar, não é geosmina.

Orientado pelo professor e pesquisador Fabiano Thompson, o laudo técnico detalhou o material genético encontrado nas amostras por meio de sequenciamento de DNA. O laudo apontou que a qualidade da água do manancial Guandu é variável, tem alta abundância de bactérias de origem fecal e bactérias degradadoras de compostos aromáticos, que sugerem a contaminação por esgoto. Outro ponto importante do laudo foi a indicação da presença de ”bactérias entéricas de diversos gêneros”, o que aponta a contaminação da água por fezes humanas. Além disso, o estudo também alerta para ”microrganismos potencialmente patogênicos e tóxicos”, o que indica a necessidade de que a água do RJ continue sendo monitorada.

LEIA TAMBÉM: PRIVATIZAÇÃO DA CEDAE SERÁ DIVIDIDA EM QUATRO BLOCOS DE MUNICÍPIOS

Crise na CEDAE

Ainda que a crise no abastecimento tenha ocorrido repentinamente, há anos se sabe sobre a fragilidade no abastecimento de água da região devido à forte presença de esgoto doméstico e poluição industrial nos afluentes do rio Guandu, principal corpo hídrico da região. Segundo dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) a presença dos efluentes no manancial é reflexo dos baixos índices de coleta e tratamento de esgotos nos municípios que circundam os afluentes do Guandu como mostra a Figura 1.

Figura 1 – Panorama dos serviços de saneamento nos municípios que circundam os afluentes do Rio Guandu

cedae

Fonte:  SNIS 2018

Três companhias estaduais de saneamento tidas como referência – SABESP, COPASA e SANEPAR – tiveram seus investimentos comparados à CEDAE e, ao analisar a Figura 2 foi possível notar uma discrepância. Exceto os anos 2001, 2003, 2014 e 2016, a CEDAE apresentou o menor investimento per capita, ou seja, por usuário com acesso ao serviço de abastecimento de água.

O baixo investimento refletiu nos índices de coleta e tratamento de esgoto, que tiveram pouca evolução no decorrer dos anos. A partir de 2012 o serviço de coleta de esgoto estabilizou, tendo uma leve queda nos últimos 3 anos (Figura 2), e a partir de 2010 houve uma estabilização na evolução do serviço de tratamento de esgoto (Figura 3).

Figura 2 – Evolução do índice de atendimento urbano do serviço de coleta de esgoto (% da população urbana)

cedae

Fonte: SNIS 2018

Figura 3 – Evolução do tratamento de esgotos (% de esgoto gerado)

Fonte: SNIS 2018

A crise vivida pela RMRJ evidencia a importância e conectividade entre serviços de água e esgoto. É preciso não só expandir o abastecimento de água, mas também investir na coleta e no tratamento de esgoto, já que existe uma circularidade no processo na medida em que o corpo receptor, que recebe os esgotos in natura, serve de manancial para abastecimento de água. Isso demonstra como o benefício coletivo que emerge da prestação adequada dos serviços de esgotamento sanitário impacta o benefício individual do acesso à água potável.

Águas residuais: uma ótima oportunidade

Uma alternativa para o controle de esgotos domésticos e industriais lançados em mananciais, seria o seu próprio reuso. Segundo a Associação Latino-Americana de Dessalinização e Reutilização de Água (ALADYR), é considerado oportuno o reaproveitamento de água e efluente, como para fins agrícolas, industriais, usos urbanos (lavagem de ruas, regar gramados e jardins, campos de esporte e outros).

A indústria e seus diferentes setores também precisam se adaptar para que o desperdício de esgoto seja o menor possível, e isso se deve em todos os países, nas grandes e nas pequenas cidades. Diante da crise e problemáticas que a RMRJ vem enfrentando nesse sentido, seria necessário um melhor planejamento e gestão para esta perspectiva, visto todos os problemas enfrentados pela ETA do Guandu, onde  parte da poluição dos afluentes que chegam até ela originam-se de efluentes lançados por indústrias.

Consulta pública sobre o projeto de privatização da Cedae

Foi aberto no último dia 09 pelo governo do Rio de janeiro uma consulta pública sobre o projeto de concessão à iniciativa privada da CEDAE. Uma parte da companhia continuará sob gerência do estado para a coleta e tratamento de água, e a concessionária que vier a ganhar a licitação, ficará responsável por distribuir a água, fazer o processo de cobrança, coletar e tratar e fazer a disposição final do esgoto.

A consulta pública irá até dia 08 de julho, a sociedade e investidores poderão tirar dúvidas e fazer sugestões sobre o projeto de concessão por meio do site http://www.rj.gov.br/consultapublica.

O modelo foi desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e prevê investimentos de R$33,5 bilhões. A proposta busca dar prioridade a investimentos iniciais na região que margeia a bacia hidrográfica do Rio Guandu, de onde é captada a maior parte da água distribuída à população do estado. O contrato estabelece também a obrigatoriedade de se investir R$ 2,6 bilhões no tratamento do esgoto lançado na Baía de Guanabara.

É interessante salientar que a atual crise de abastecimento de água se dá, portanto, não exclusivamente à infraestrutura da ETA, mas também ao desenfreado crescimento populacional nas margens dos afluentes do rio Guandu.  Segundo Thompson:

“Tememos, por exemplo, enterovírus que não são eliminados pelos sistemas de tratamento convencionais. Muitas vezes não adianta mudar o tratamento. Enquanto o esgoto in natura continuar a ser lançado, o tratamento ficará cada vez mais caro e difícil. Temos que focar na melhoraria da qualidade dos rios e aumentar a coleta de esgoto”.

Portanto, de onde vier os recursos a serem aplicados, é necessário um bom planejamento da companhia e aporte financeiro, onde seja analisado caso a caso.

Renata Mafra

Produtora de Conteúdo

renata@tratamentodeagua.com.br

 

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