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Galvão deixa de pagar debêntures

O Grupo Galvão deixou de fazer o pagamento de juro de uma de suas debêntures (títulos de dívida), causando aceleração do vencimento de oito dívidas da CAB Ambiental, entre as quais duas debêntures da empresa de saneamento, apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem participação na CAB Ambiental.

De acordo com uma das fontes ouvidas, o agente fiduciário teria comunicado a inadimplência aos bancos, uma vez que existem cláusulas de vencimento cruzado e algumas das outras dívidas têm aceleração automática.

De acordo com a fonte, agora o provável é que se intensifiquem as negociações entre as instituições que são credoras ou têm as debêntures encarteiradas para renovar termos ou as dívidas do grupo. A outra consequência do não pagamento dos compromissos, mas considerada improvável, seria pedir a falência da companhia, diz a fonte.

Uma outra fonte acrescentou que algumas instituições financeiras já teriam dado baixa contábil nas posições. “O problema são para papéis que estejam nas carteiras das assets (empresas de gestão de recursos), em que a perda tem de ser assumida”, observou.

A inadimplência do Grupo Galvão acontece dois meses e meio depois do não pagamento pela empresa OAS de suas obrigações de dívida local e externa. As duas empreiteiras foram citadas na operação Lava Jato, que investiga as denúncias de corrupção na Petrobrás.

Procurado, o Grupo Galvão afirmou que não iria comentar.

Quinze anos depois, de volta ao mercado de alarmes

Formado em engenharia mecânica na USP, Peter Graber foi fazer um MBA na Universidade de Harvard em 1981, aos 27 anos de idade. Ao retornar ao Brasil, no mesmo ano, e se deparar com o fato de que um ladrão havia conseguido entrar no sítio do seu pai, ele disse: “Deixa que eu penso num alarme”. O pensamento – e a constatação de que só empresas muito pequenas existiam no segmento – fizeram o jovem montar o que foi nas décadas de 80 e 90 uma das maiores empresas de alarmes monitorados do País. Em 2000, ele vendeu o negócio para a Siemens, que, por sua vez, vendeu para a ADT em 2014. Agora, ele volta a lançar um negócio semelhante, no qual está investindo R$ 20 milhões.

O que fez o sr. voltar a investir

nesse segmento?

A baixa penetração do serviço (menos de 1% das residências no Brasil são monitoradas por alarmes) mais as mudanças recentes deste mercado (empresas mudando de dono) e o nível de insatisfação com as empresas atuais nos fez acreditar que existe um espaço para oferecer um serviço diferente.

O que terá de diferente?

Estamos adicionando mais tecnologia. Por exemplo, toda vez que a ronda (serviço geralmente fornecido pelas empresas de alarme) passar pela residência, uma câmera registrará essa passagem. Pelo celular, o dono do estabelecimento terá condições de ver que o serviço foi prestado. Outro serviço que teremos é o de apoio ao idoso. Poderemos ajudá-lo a tomar o remédio na hora certa. Iremos além da segurança básica.

O que o sr. fez entre 2000 e 2015?

Vendi só o negócio de alarmes monitorados em 2000. Mantive as atividades das empresas de vigilância, segurança eletrônica corporativa e rastreamento de veículo (Graber/Omnilink), da qual o Pátria Investimentos é sócio. Tudo isso faz parte do Grupo Graber.

Fonte: Estadão

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