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Medidas de emergência não surtem efeito em Itu

Não surtiram efeito, ao menos por enquanto, as medidas emergenciais adotadas pela Prefeitura de Itu para resolver o problema do desabastecimento de água na cidade. Duas semanas depois de anunciada a mudança da empresa que irá assumir a concessão do serviço, moradores de vários bairros ainda reclamam do problema. 

A concessionária responsável pelo atendimento da demanda anunciou que a população começaria a sentir a melhora já na sexta-feira passada, mas na prática não foi o que aconteceu. As chuvas ocorridas entre a noite de terça-feira e esta quarta-feira (3) de madrugada trouxeram um certo alívio, mas não ajudaram a recompor a capacidade dos principais reservatórios. 

Sem alternativa, o jeito foi continuar apelando para a bica existente nas imediações do Parque Industrial. “Aquilo que saiu na televisão é tudo mentira. Continuamos sem água na minha região”, disse ao Cruzeiro do Sul a operadora de telemarketing Elaine Aparecida de Souza, que mora na parte baixa do mesmo bairro. 

A comerciante Neide Silva também falou do drama que enfrenta. “Venho aqui pelo menos três vezes por dia. É muita humilhação e falta de vergonha desse governo que não faz nada”, desabafou. Marcos Paulo Bérgamo disse que a distribuição da água no município só melhorou na propaganda. 

“Nas torneiras de casa e dos meus vizinhos também não aconteceu nada. Estamos ainda vindo buscar água com galão para atender à necessidade. Disseram que ia melhorar, mas até agora nada. Olha só quanta gente está aqui hoje (quarta-feira). Se estivesse normal, a situação seria bem diferente”. 

Em nota, a Águas de Itu informou que o racionamento persiste, com o abastecimento dos bairros sendo feito em dias alternados. “As chuvas ajudaram a recompor as fontes de captação, mas o volume ainda é pequeno. Na média geral, na cidade, choveu algo entre 20 e 25 milímetros, já que o quadro é diferente em cada região”, diz o texto do comunicado. 

Conforme a empresa, são injetados no momento, por caminhões-pipa, cerca de 3 milhões de litros de água potável, diariamente, na ETA 1, responsável pelo abastecimento da maior parte da cidade. Até a semana passada eram 2 milhões na ETA 1 e desde a última quinta, também se passou a se injetar 1 milhão de litros no sistema do Pirapitingui, uma vez que, em função da estiagem, começou a haver desabastecimento naquela região. 

As chuvas dos últimos dias recompuseram a fonte de captação do Pirapitingui e não mais é necessária da injeção de 1 milhão de litros de água por caminhão-pipa, com o que esse volume passou a ser dirigido para a ETA 1. Caso haja necessidade, a operação será retomada no Pirapitingui. 

Na terça-feira, saiu a publicada no Diário Oficial do Estado a autorização do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) para a captação de águas nos ribeirões Mombaça e Pau D”Alho. Segundo a concessionária, com isso, as obras de instalação da adutora de 22 quilômetros que ajudará na captação de água começarão assim que chegar o material necessário. Para executar o projeto, a concessionária deverá investir cerca de R$ 30 milhões. A empresa acredita que os serviços devam estar concluídos em meados de janeiro de 2015, o que deverá solucionar o problema de abastecimento na cidade. 

Além do acréscimo de cerca de 3 milhões de litros de água diários no sistema, caminhões-pipa têm atendido à população, assim como tem sido feita a transposição e água de represas particulares para o sistema. A Águas de Itu coloca à disposição da população o telefone 0800-722-4827 para atender a pedidos de moradores de regiões que não tenham sido abastecidas dentro do cronograma traçado.

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