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OBRA de saneamento no Campeche deve reiniciar até julho

Implantação do Sistema de Esgoto Sanitário (SES) Sul da Ilha, com execução da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Rio Tavares, que permitirá a colocação em operação da rede coletora instalada no Campeche. Esse foi um dos principais compromissos assumidos pela Casan em documento encaminhado à Prefeitura, em resposta à notificação expedida pela administração municipal após imbróglio envolvendo vazamento de esgotos no Norte da Ilha, em meados de janeiro.FOTO ESGOTO CAMPECHE.fev16

Conforme o documento, o investimento total na unidade local será de R$ 65,5 milhões, com licitação para início das obras da estação prevista para acontecer ainda no primeiro semestre deste ano. O gerente de Construção da Casan, Fábio Krieger, informa que a empresa vai protocolar junto à Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma) pedido de LAI (Licença Ambiental de Instalação), que permitirá a retomada das obras, paralisadas há mais de dois anos.

Krieger salienta que a rede do Campeche tem recursos assegurados junto ao Governo Federal. A propalada perda de R$ 105 milhões de uma financiadora japonesa, em função da demora na obtenção da licença ambiental, deve comprometer num primeiro momento apenas a expansão da rede, que contemplaria outras áreas do próprio Campeche e bairros vizinhos. Os recursos japoneses foram realocados para aplicação no Norte da Ilha.

O dirigente acredita que a Fatma deve se manifestar sobre o licenciamento no prazo de 90 dias, permitindo a retomada da rede local ainda no primeiro semestre, conforme o compromisso firmado com a Prefeitura. Acerca da expansão da rede local, Krieger acredita que de posse da LAI a Casan terá condições de buscar outras fontes de financiamento para execução da obras.

Sobre o polêmico emissário submarino projetado para o Campeche, que enfrenta forte rejeição de moradores e do movimento comunitário da região, Krieger nega que tenha sido descartado. “O EIA-Rima – Estudo e Relatório de Impacto Ambiental – está atrasado; mas o emissário é uma solução demorada, que não se consegue viabilizar em menos de 10 anos”, assinalou. A solução provisória, até lá, é o lançamento de efluente com tratamento terciário no Rio Tavares.

LIGAÇÕES CLANDESTINAS – Em meio à calamidade provocada pelo vazamento de esgoto no Norte da Ilha, que evidenciou a fragilidade do sistema de saneamento da região e da própria capital, a Vigilância Sanitária se engaja a partir de fevereiro nas operações de monitoramento e vedação de ligações irregulares de esgoto no Campeche, desenvolvidas pela Casan, Associação de Moradores do Campeche (Amocam) e intendência local.

A Casan monitora especificamente o lançamento de esgoto em suas tubulações inativas, instaladas no subsolo do Campeche, lacrando e multando despejos irregulares. “Temos um caminhão hidrojato atuando na região, limpando e protegendo as nossas redes”, informou o gerente de Construção da Casan, Fábrio Krieger.

Já a operação desencadeada pela Amocam e intendência, mira o despejo irregular na rede pluvial. O vice-presidente da Amocam, Ataíde Silva, disse que com a participação da Vigilância Sanitária, aqueles que forem flagrados, além de terem ligações lacradas, serão multados e terão seus nomes encaminhados ao Ministério Público do Meio Ambiente.

“Recentemente, tiramos sete caminhões limpa-fossa de uma só rua”, revelou o intendente Alex Passos. Em outra rua conhecida, foram detectadas quatro ligações irregulares e uma deslacrada. Diversas ruas importantes do Campeche estão na mira da ‘patrulha’ campecheana.

Fonte: JC
Foto: Divulgação/Arquivo/JC

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