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Prefeitura de Florianópolis ameaça suspender contrato com a Casan

Na notificação, a prefeitura aponta a ineficiência da empresa em problemas como o extravasamento de esgoto in natura por inerência da estação elevatória na foz do rio do Brás em Canasvieiras e o lançamento irregular de esgoto na rede pluvial do bairro Ingleses, além de outros problemas já detectados pela Vigilância Sanitária. No caso de uma resposta insatisfatória, o município irá rever o contrato de concessão “por descumprimento do contrato de programa”.

“Não vamos mais tolerar um sistema funcionando com o grau de deficiência que observamos neste verão. É um serviço delegado e a Prefeitura vai cobrar que seja oferecido um serviço correto e direito, coisa que claramente não estamos observando”, disse o prefeito Cesar Souza Junior. “Não há mais condições de ter tolerância, tanto com o mau funcionamento da rede da Casan ou com quem insiste em jogar esgoto no mar, tendo 100% de rede”, completou.

Em nota, a Casan afirmou que compartilha das mesmas preocupações do prefeito Cesar Souza Junior e que “está avaliando tecnicamente cada item do documento elaborado pela Prefeitura, que lista problemas pontuais no sistema de esgotamento sanitário”.

Lembrou, ainda, as ações que realizou para minimizar os problemas de falta de água nos anos anteriores ao verão de 2014 e afirmou que “é com esta mesma responsabilidade que a empresa vai atuar de forma ainda mais vigorosa no sistema de esgotamento sanitário do Norte da Ilha, em parceria com a Prefeitura e com o apoio dos proprietários de imóveis”.

Fiscalizações continuam

Desde que os níveis de poluição na água do Norte da Ilha atingiu níveis alarmantes, a Prefeitura intensificou as fiscalizações para detectar esgotos irregulares.

Nesta sexta-feira, um hotel foi autuado no bairro Cachoeira do Bom Jesus por despejar esgoto diretamente na praia. No período da tarde, a Casan foi multada por despejar de forma ilegal esgoto in natura no rio Ingleses, no bairro bairro de mesmo nome.

A equipe de fiscalização comprovou, por meio da utilização de um corante azul, que o extravasor da Casan fazia com que o esgoto in natura se misturasse a rede de drenagem pluvial e desaguasse no rio.

A Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis) ainda analisa o valor da multa a ser aplicado, mas informou que pode chegar a R$ 1,1 milhão. Outra multa será aplicada pela Vigilância Sanitária pelos danos à saúde pública.

Fonte: ND Oline
Foto: Casan/Divulgação

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