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Sabesp aumenta vazão de água para Sto. André em 200 litros

A volume de água enviado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) para o município de Santo André foi ampliado no início deste mês. A vazão média repassada pelo órgão estadual agora chega a 2.100 litros de água por segundo, portanto, 200 litros a mais do que o liberado até agosto. Embora a medida vise diminuir os problemas no abastecimento da cidade, moradores seguem relatando falta de água em diversos bairros.

De acordo com o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), o aumento no volume de água enviado para o município aconteceu após o prefeito Carlos Grana (PT) encaminhar no mês passado ofício ao presidente da companhia, Jerson Kelman. No documento, o chefe do Executivo solicitou a retomada da vazão de água que a cidade recebia antes da crise hídrica. Decisão que foi acatada, parcialmente, pela companhia estadual no início de setembro.

Esta é a segunda vez neste ano que a Sabesp aumenta a vazão de água enviada para Santo André. Em março, o órgão estadual já havia ampliado o envio do recurso de 1.750 litros por segundo para 1.900 litros por segundo.

Conforme o Semasa, os 200 litros a mais que o município tem recebido é quantia suficiente para abastecer 70 mil pessoas na cidade, o que na prática já tem apresentado resultado imediato com a “redução drástica nos problemas de abastecimento relatados pela população”.

Dados da autarquia apontam que de 1º a 14 de setembro foram registradas 111 reclamações sobre o abastecimento da cidade contra 2.377 em agosto todo. Numa conta rápida, a média do mês passado mostra 76 reclamações por dia contra oito por dia neste mês.

No entanto, moradores de alguns bairros, em especial de regiões localizadas no 2º Subdistrito e também pontos altos da cidade, ainda relatam dificuldades com o abastecimento.

“Desde o ano passado nossa realidade é viver pegando água do balde. Nesta semana, fiquei dois dias sem água. Para piorar a situação, como moramos em um ponto alto o bombeamento não chega em todas as casas”, diz a faxineira Josefa Basílio de Melo Silva, 52 anos.

Moradora da Vila Suíça, Josefa armazena atualmente água em quatro baldes. “É nossa única solução, caso contrário ficamos na seca.”

Os constantes problemas no abastecimento da cidade também continuam sendo realidade para o técnico eletrônico Luiz Paulo Pereira, 29.“Tive que comprar uma bomba de R$ 150 para que a água chegue na minha casa. No final de semana mesmo fiquei sem”, relata.

Segundo o Semasa, “apesar da entrega de mais água, para normalizar complemente o abastecimento, Santo André ainda precisa receber outros 270 litros por segundo.”

Órgão estadual diz que volume é suficiente para atender cidade

Embora o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) afirme que o município necessita receber outros 270 litros por segundo para garantir o pleno abastecimento da cidade, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) afirmou ontem que o atual volume encaminhado para o município é “suficiente”.

De acordo com o Semasa, a vazão média atual somente permite que a autarquia faça a distribuição da água com mais equilíbrio para todo território de Santo André.

No entanto, em nota, a Sabesp afirmou que “o volume é suficiente para o abastecimento da população da cidade e cabe à empresa de saneamento local (Semasa) realizar a melhor distribuição de água aos seus clientes, para o abastecimento da população”.

Segundo a companhia, até 2013, antes da crise hídrica, a companhia produzia 70 mil litros de água por segundo para a Grande São Paulo. Em junho deste ano, a produção foi de 58 mil litros por segundo, portanto, 15% a menos.

Fonte: Diário do Grande ABC

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