A Sabesp informou ontem, quinta-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, que os números referentes à vazão de água do Sistema Cantareira estão sendo reavaliados pela companhia e serão apresentados na próxima reunião do Grupo Técnico de Assessoramento (GTAG).
A empresa afirma que tem atualmente autorização para retirar 22,77 metros cúbicos (m³) por segundo do Cantareira.
O GTAG é constituído por cinco integrantes, que são representantes da própria Sabesp, da Agência Nacional de Águas (ANA), Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), Comitê PCJ (das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê.
A empresa tinha no início do ano autorização para captar 31 m³ por segundo, mas teve a vazão reduzida por determinação dos órgãos reguladores do sistema, a ANA e o DAEE.
A Sabesp afirma que está trabalhando para renovar a outorga do Sistema Cantareira, que vence em agosto deste ano, por um período de 30 anos com o direito de retirada concedido em 2004, que é de 33 m³ por segundo.
Em 12 de maio, o secretário de saneamento e recursos hídricos, Mauro Arce, disse ao Valor que a renovação da outorga será postergada para 2015, já que a atual crise hídrica inviabiliza avaliações sobre critérios técnicos do Cantareira. O sistema está hoje com nível de 25,1% de sua capacidade, segundo a Sabesp, queda de 0,2 ponto percentual em relação a ontem.
A empresa considera no cálculo o percentual da água que está sendo bombeada da reserva técnica (“volume morto”) em relação ao volume de 981,55 m³ por hora da capacidade antiga do sistema (sem o uso da reserva técnica). Segundo a companhia, o cálculo é feito dessa forma pois, no futuro, a água da reserva técnica não será contabilizada no total do sistema.
Capacidade
Nos últimos dias, a média de queda no índice do Cantareira tem sido de 0,2 ponto percentual diário.
O índice de chuva acumulada no local este mês é de 37,3 mm até esta quinta-feira. A média para maio, segundo a Sabesp, é de 83,2 mm.
Desde o começo da utilização do conteúdo conhecido como “volume morto” – reserva armazenada abaixo dos pontos de captação – há 14 dias, o volume das reservas do manancial caiu 1,6 ponto percentual.
A previsão, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura, é de que o tempo permaneça alternando chuviscos e períodos de sol nesta quinta. Não há previsão de chuvas para a capital e Grande São Paulo na sexta-feira e no sábado.
Já no domingo, uma frente fria se propaga em direção ao Sudeste e muda o tempo no Estado. O CGE não descarta o risco de ocorrência de chuva moderada, por vezes forte, sobre a Grande São Paulo e a capital, regiões abastecidas pelo sistema Cantareira, que serve a 9 milhões de pessoas. O reservatório ainda atende municípios da região de Campinas, no interior do Estado.
Fonte e Agradecimentos: Valor Econômico
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