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Saneago não será privatizada, diz Marconi

O governador Marconi Perillo (PSDB) assegurou ontem que a Saneamento de Goiás (Saneago) não será privatizada, na primeira reunião de trabalho com a nova diretoria da estatal goiana.

“A Saneago está realizando as mais importantes obras da história do saneamento básico em Goiás, e, por isso, vamos continuar promovendo e valorizando a empresa”.

O novo corpo diretivo tem a missão de fortalecer a transparência nos contratos da empresa, que ficou com a imagem abalada após os desdobramentos da Operação Decantação.

O compromisso foi enfatizado pelo novo presidente da companhia, José Carlos Siqueira. Ele, que é ex-chefe da Casa Civil disse que a estatal, a pedido do governador, está contratando auditoria fiscal para gerir os contratos vigentes e se adequar ao novo regime jurídico das estatais, lei nacional que passou a vigorar em julho.

A presença feminina no corpo diretivo da estatal de saneamento foi enfatizada pelo tucano, que deu boas-vindas às novas gestoras setoriais.

Mulheres na direção

“Temos a honra de ter, pela primeira vez, duas mulheres na direção da Saneago – as engenheiras Lívia Maria Dias na direção de Produção e Juliana Matos de Sousa como diretora de Expansão. Elas estão nessas funções não apenas porque são mulheres, mas porque pertencem aos quadros da estatal e são profissionais extremamente qualificadas e competentes, prontas para dar o melhor de si nessas diretorias”, disse.

Na reunião, o tucano solicitou ao novo gestor da Saneago e aos demais seis diretores, prioridade total para a conclusão das obras em andamento e para a captação de recursos para novos investimentos. Perillo pediu especial atenção às obras de saneamento e abastecimento no interior do Estado, além da conclusão do Sistema Produtor de Água Mauro Borges.

Os novos diretores agradecerem ao governador pela incumbência de dirigir a companhia e ressaltaram o compromisso de cumprir as metas estabelecidas pelo Conselho de Administração e pelo Governo de Goiás. A nova diretora de Expansão, Juliana Matos de Sousa, é funcionária de carreira da Saneago. Ela afirmou que o novo comando da estatal, bem como seus servidores, estão empenhados em ampliar o processo de crescimento da empresa.

Alfrêni deixa presidência do diretório do PSDB

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em Goiás divulgou ontem, por meio de uma nota divulgada no Facebook do partido que Afrêni Gonçalves se licenciou da presidência do partido no estado.

No lugar dele, seguindo a linha sucessória, assume o deputado José Vitti. Gonçalves é investigado na Operação Decantação, deflagrada pela na última semana, que investiga o desvio de dinheiro da Saneago.

De acordo com a nota, o ex-presidente do partido em Goiás se afastou com o objetivo de “dirimir eventuais dúvidas quanto a lisura de suas gestões, tanto no PSDB quanto na Saneago”. Na estatal Afrêni também foi afastado do cargo de diretor de Expansão da empresa, sendo substituído por Juliana Matos de Souza, engenheira civil e colaboradora de carreira da companhia.

A assessoria do partido também informou que o pedido de licença foi protocolado ainda na segunda-feira (29/08), e foi realizado pelo próprio Alfrêni, que afirmou que irá se afastar para também se dedicar à sua defesa e dar tempo para o andamento das investigações.

Licitações fraudulentas

Segundo as investigações da Polícia Federal colaboradores e dirigentes da Saneago promoveram licitações fraudulentas na contratação de uma empresa de consultoria envolvida no crime. A Polícia Federal ainda afirmou que recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do BNDES e da Caixa Econômica Federal foram desviados com o objetivo de pagamento de propinas, dívidas de campanhas políticas e Organizações Sociais (OS).

Afrêni Gonçalves foi um dos 14 presos na operação, junto com o ex-presidente da estatal, José Taveira. Ambos foram soltos na última segunda-feira, quando se deu o fim do pedido de prisão temporária de cinco dias. Também presos na operação, a empresária Nilvane Tomas de Sousa Costa, e o ex-diretor de Gestão Corporativa da companhia, Robson Salazar, já se encontram em liberdade.

Cerca de 300 policiais federais cumprem 120 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 21 de condução coercitiva e 67 de busca e apreensão na sede de empresas envolvidas e de um partido político, além de residências e outros endereços relacionados aos investigados.

Fonte: O Hoje

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