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Sec. de Meio Ambiente pede isenção em Benedito Bentes

Taxa é cobrada para fazer melhorias na ETA do bairro, diz Casal. Parte do esgoto produzido pela população vai parar no Rio Doce.

A Secretaria de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) e a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) participam, nesta terça-feira (16), de uma audiência na sede do Ministério Público Estadual (MP-AL) para assinar um termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sobre a cobrança da taxa de esgoto dos moradores do Benedito Bentes.

Segundo a Sempma, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETA) no bairro está abandonada e parte do esgoto produzido é despejado no Rio Doce. Por isso, a secretaria pede a isenção da taxa de esgoto cobrada pela Casal.

Entretanto, o presidente da Companhia, Clécio Falcão, disse que não há como fazer reparos na estação atual, que opera há mais de 30 anos. Segundo Falcão, até abril de 2018, a Casal deve entregar uma nova estava ETA no Benedito Bentes.
O secretário de Meio Ambiente, David Maia, disse que, após denúncias que já estavam sendo feitas há anos, a secretaria decidiu realizar quatro fiscalizações que resultaram em notificações. “Foi confirmado que a Estação não estava funcionando. A situação se agrava mais porque os dejetos estão sendo despejados no Riacho do Caveira que deságua no Riacho Doce”, explicou.

O secretário falou que, mesmo comprovado que não existe saneamento em todo bairro, com uma população estimada em 290 mil pessoas, os moradores pagam taxa de esgoto. “É injusto pagar essa taxa sem tratamento. A Casal informou que será feita uma obra para resolver o problema, mas vai durar 16 meses. Então estamos propondo que até lá a taxa deixe de ser cobrada”, disse Maia.

O presidente da Casal disse que a companhia reconhece que existem muitas deficiências, mas afirmou que a unidade não está abandonada. “Ela está operando e não podemos deixar de cobrar a taxa porque não vai ter recurso para fazer as ações da companhia no local”, diz Falcão, ao enfatizar que se a taxa deixar de ser cobrada a Companhia perderá de R$ 200 a R$ 250 mil em arrecadação.

Fonte: G1
Foto: Carolina Sanches/G1

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