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SP: Governo pagou R$ 450 milhões em conta de água no ano passado

A chamada crise hídrica atingiu estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e, de repente, a seca passou a ser assunto nacional. Além de um problema de gestão, ela também é colocada sobre as costas do consumo doméstico. Se assim for, a União (Executivo, Legislativo e Judiciário) é uma das grandes responsáveis pelo consumo de água do país.

Só no ano passado, o governo federal pagou conta de R$ 450,4 milhões em serviços de água e esgoto. As maiores contas vêm das unidades federativas onde mais se alocam servidores da União e, por consequência, tem a maior concentração de prédios públicos.

Para a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), do Rio de Janeiro, foram pagos R$ 120,3 milhões. Ao todo, o estado que possui o maior número de funcionários públicos da União, com 101,8 mil servidores, gastou R$ 142,8 milhões com água e tratamento de esgoto.

Com a maior tarifa da região Sudeste, o consumidor comum paga R$ 3,16 no metro cúbico de água no Rio de Janeiro. Sem descontos, o governo pagou, então, aproximadamente por 45,2 mil metros cúbicos de consumo de água, o suficiente para encher 18 mil piscinas olímpicas.

A segunda maior conta foi do Distrito Federal, de R$ 83,9 milhões. A capital do país também é vice no ranking de concentração de servidores, com 67,8 mil. Só a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), que trata a água da unidade federativa, recebeu R$ 83,7 milhões no ano passado do governo federal. No planalto central, o custo médio da tarifa de água no no passado foi de R$ 3,73.

Sendo assim, o valor gasto pela unidade da federação equivale a 22,5 mil metros cúbicos de água ou 9 mil piscinas olímpicas. São Paulo é o estado com o quarto maior número de servidores públicos alocados, com 43,7 mil funcionários, ficando atrás de Minas Gerais. Contudo, é o terceiro em consumo de água: no ano passado, foram pagos R$ 31,7 milhões à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O custeio total de água do estado foi de R$ 41,3 milhões. Considerado que, no ano passado, a tarifa foi de R$ 2,29, os órgãos públicos federais da capital financeira do país consumiram, aproximadamente, 18 mil metros cúbicos de água. O volume gasto é suficiente para encher quase 2,6 mil vezes as 25 atrações do maior parque aquático brasileiro, o Wet’n’Wild, que fica em Itupeva, interior de São Paulo.

Recomendações da ONU A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que 110 litros de água por dia sejam suficientes para atender as necessidades básicas de uma pessoa. Em meio a crise de falta de água que afeta o Sudeste do país, a economia de água passou a ser assunto diário e maneiras de conquistá-la virou conversa de elevador. Considerados apenas o custeio de água do governo federal nas três unidades federativas que mais consomem do recurso hídrico, foram utilizados cerca de 85,7 milhões de litros. O que quer dizer que, se respeitada a estimativa da ONU, com essa quantia, poderia-se passar 2.143 anos. Além disso, a quantia é suficiente para sustentar uma cidade do porte de Santos, com 419 mil de habitantes, por quase dois dias.

Órgãos que mais pagam por água Entre os órgãos da União, o Ministério da Defesa apresentou a maior conta de água no ano passado: foram R$ 132,3 milhões pagos em serviços de água e esgoto. Desta forma, ele foi responsável por 29,3% de todo o gasto do governo federal com o pagamento das tarifas. Seguidamente, o Ministério da Educação, que para abastecer desde a sede da Pasta a escolas em todos os municípios do país, pagou conta anual de R$ 121,3 milhões. O terceiro lugar do ranking já apresenta redução significativa do consumo. O Ministério da Saúde gastou R$ 35,8 milhões em água no ano passado.

Fonte: http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/10704#sthash.SoosPLXI.dpuf

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