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Movimento quer conservar e restaurar bacia hidrográfica no Paraná para contribuir com a segurança hídrica

Responsável por abastecer parte de Curitiba e Região Metropolitana, a bacia do Rio Miringuava necessita de ações de conservação para evitar que fornecimento de água seja comprometido. O Grupo Boticário, em parceria com o Instituto Renault, lançou um movimento para a transformação socioeconômica e ambiental da área.

A bacia hidrográfica do Rio Miringuava é a principal fonte de água de São José dos Pinhais, abastecendo inclusive parte de Curitiba e outros municípios metropolitanos. Cerca de 230 mil pessoas, além de indústrias e produtores agrícolas, dependem do fornecimento de água que vem da bacia. Entretanto, isso pode ser comprometido caso a área não passe por ações de conservação. Para contribuir com a segurança hídrica no futuro e com a realidade socioeconômica da região, a Fundação Grupo Boticário lança o movimento Viva Água, que busca conscientizar e mobilizar a sociedade para cuidar da bacia do Miringuava.

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O movimento Viva Água também conta com a parceria do Instituto Renault e busca mais apoiadores da indústria, comércio, poder público e sociedade civil organizada para colocar em prática um plano de melhoria da infraestrutura natural e alavancagem de negócios com impacto social e ambiental positivo na bacia do Rio Miringuava. “O movimento é uma ação estratégica para garantir a segurança hídrica a longo prazo e promover uma transformação ambiental e socioeconômica na região da bacia, beneficiando todos aqueles que necessitam dessa água para suas atividades, seja para a saúde e o bem-estar ou mesmo econômicas”, destaca o presidente do Conselho Curador da Fundação Grupo Boticário, Miguel Krigsner.

A água é indispensável para inúmeros processos produtivos, o que torna muito importante a participação de indústrias em iniciativas que visem à segurança hídrica das comunidades em que estão inseridas. Sergio Sampaio, diretor de Operações do Grupo Boticário, indica que a empresa tem mapeado quais seriam os impactos da indisponibilidade de água. “Nós sabemos o valor real da água para a companhia. Por isso temos metas rigorosas para reutilização e redução – nos últimos três anos diminuímos o consumo em 22%. Ter a visibilidade de dados assim nos mostra que investir em projetos como o Viva Água é vital para a manutenção do nosso negócio.”

Investimentos 

Diante do papel vital dos recursos hídricos para toda a sociedade, o movimento Viva Água irá investir R$ 1,5 milhão para os primeiros 18 meses do projeto. A previsão é de que ao todo R$ 6 milhões sejam direcionados nos próximos 5 anos para alavancar as estratégias de conservação e restauração.

Para ampliar o impacto da iniciativa, o movimento também concentrará esforços para articular parceiros na região. “Queremos mostrar para atores de diferentes setores a dependência que negócios e a população têm dos serviços oferecidos pela natureza. A partir dessa conscientização, esperamos que, além de trabalharem com o aumento dos níveis de ecoeficiência interna, também estejam alinhados com ações de conservação da água na sua origem, olhando para fora do seu negócio”, afirma o diretor-presidente da Fundação Grupo Boticário, Artur Grynbaum.

A bacia do Rio Miringuava

Entre os problemas encontrados na bacia hidrográfica do Rio Miringuava estão questões como a escassez hídrica e a grande quantidade de sedimentos nos rios. Em 2018, durante um período de estiagem, muitos poços secaram e os agricultores da região enfrentaram racionamento de água. Já em períodos de chuva intensa, como o enfrentado no final de maio, a quantidade de sedimentos no rio aumenta, podendo limitar a disponibilidade de água e sobrecarregar o sistema de tratamento, acarretando possível elevação de custo e tempo com o tratamento da água.

Diante da importância da bacia do Miringuava para o abastecimento da região, um reservatório está sendo construído na região para garantir o fornecimento contínuo de água. O novo reservatório é um investimento da Sanepar, que já possui uma Estação de Tratamento de Água na bacia. “O Rio Miringuava é um dos mais importantes para São José dos Pinhais seja pela biodiversidade no seu entorno da nascente à foz; seja pela importância econômica, tanto para agricultores, quanto para o turismo rural e as indústrias; e ainda pelo fornecimento de água para o abastecimento da nossa cidade e em breve das cidades vizinhas, considerando a barragem que está em construção”, declara o prefeito de São José dos Pinhais, Toninho Fenelon.

Porém, sem processos de restauração e conservação do patrimônio natural na região, a disponibilidade hídrica da bacia e a qualidade da água que chega para tratamento continuarão a ser comprometidas. “Muitas áreas de preservação permanente encontram-se degradadas na bacia do Miringuava e características de uso e ocupação do solo na região contribuem para o aumento da quantidade de sedimentos e poluentes nos corpos d’água da bacia. Preservar e recuperar a vegetação nativa, assim como a adoção de melhores práticas de uso do solo, podem contribuir para melhorar este cenário”, explica a diretora-executiva da Fundação Grupo Boticário, Malu Nunes. Além da restauração e conservação, o movimento pretende incentivar a agricultura sustentável e o turismo rural na região. 

Sobre a Fundação Grupo Boticário

A Fundação Grupo Boticário é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. A Fundação Grupo Boticário apoia ações de conservação da natureza em todo o Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas apoiadas financeiramente. Protege 11 mil hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por meio da criação e manutenção de duas reservas naturais. Atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e nas políticas públicas, além de contribuir para que a natureza sirva de inspiração ou seja parte da solução para diversos problemas da sociedade. Também promove ações de mobilização, sensibilização e comunicação inovadoras, que aproximam a natureza do cotidiano das pessoas.

Sobre o Instituto Renault

Criado há oito anos, o Instituto Renault tem como objetivo promover ações voltadas à sustentabilidade socioambiental, atuando em dois eixos: Mobilidade Sustentável e Inclusão. No total, mais de 700 mil pessoas já foram impactadas pelas ações do Instituto Renault. Mais informações em  www.institutorenault.com.br

Fonte: Instituto Renault.

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