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Brasil levará mais de um século para chegar ao patamar de desenvolvidos

Em quase 20 anos, o país corrigiu apenas 5% das falhas em tubulações. Dados são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.
Por Talis Maurício

No Sudeste e no Nordeste do Brasil, o Dia Mundial da Água será de uma escassez hídrica sem precedentes que já afeta o dia a dia de ao menos 40 milhões de pessoas. A situação torna-se ainda mais preocupante quando a maior parte da água produzida é perdida na distribuição.

Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento mostram que o país vai levar mais de um século para chegar ao patamar de nações desenvolvidas, baixando as perdas para níveis aceitáveis apenas em meados de 2135. Em 2013, o desperdício foi de 37%. Em 1995, esse número girava em torno de 42%. O que mostra que, ao longo de quase 20 anos, houve melhora de apenas 5% na redução de perdas.

Segundo o presidente do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos, são perdas diversas com vazamentos, tubulações rompidas, ligações clandestinas e falta de medição. Um descaso histórico que impacta diretamente nos efeitos da crise hídrica.

A região com mais perdas no sistema de abastecimento é a Norte, 51%. No Amapá, por exemplo, o desperdício é de 76%. O menor índice é registrado no Distrito Federal, 27%. Um estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil em 2013 revelou que uma redução de apenas 10% nas perdas resultaria em mais de R$ 1 bilhão ao setor de saneamento.
Enquanto isso, o descontrole continua nas capitais. Além dos problemas na rede de abastecimento, na região central de São Paulo, por exemplo, um condomínio recém-inaugurado descarta, a cada 15 minutos, litros e litros de água que poderiam ser reaproveitados.

O desperdício em construções não é novidade. O que assusta, segundo o conselheiro do Conama e presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Carlos Bocuhy, é o assunto até hoje não ter sido discutido pelos órgãos públicos.

Nos melhores sistemas do mundo, como o do Japão, as perdas na rede de distribuição são de apenas 3%. Na Alemanha, algo em torno de 8%.

Fonte: CBN

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