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Cai qualidade da água do Batalha

Anualmente, a Cesteb analisa a qualidade das águas superficiais do Estado de São Paulo. Em 2012, o Rio Batalha – que abastece 38% da população de Bauru – recebeu a sétima melhor nota entre os mais de 80 pontos de captação avaliados, mas despencou no ranking do ano passado, quando ocupou a trigésima oitava posição.

O Índice de Qualidade de Águas para o Abastecimento Público (IAP) considera variáveis que indicam o lançamento de efluentes sanitários para o corpo d’água, além de substâncias tóxicas, metais pesados e outras variáveis. A avaliação numérica pode variar de 0 a 100 e, quanto maior, melhor.

A média do Batalha em 2013 (última medição) ficou em 50 – considerada regular. No ano retrasado, ela foi de 73. (Ver infográfico).

Em 2009, foi a última vez em que a nota para a água do rio não havia sido enquadrada no padrão de qualidade considerado bom; ele pode variar entre péssimo, ruim, regular, bom ou ótimo.

A média de 2013 foi obtida por meio de notas de quatro amostras – do ponto em que a água do Batalha é captada para o abastecimento –, coletadas nos meses de janeiro, maio, julho e novembro.

Os piores resultados foram identificados no primeiro semestre, quando as notas foram 7 (péssima) e 35 (ruim). A média ficou regular, contudo, em função da boa e da ótima nota alcançadas no segundo semestre: 76 e 82.

O relatório da Cetesb aponta que, em 2013, quando a presença de substâncias tóxicas foi desconsiderada na análise, o Batalha apresentou média 72, considerada boa.

O DAE garante, porém, que a água que chega às residências abastecidas pelo rio atende a todos os padrões de qualidade em razão dos procedimentos de tratamento.

Variável
Ambientalista, o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) conta que, por muitos anos, ajudou a monitorar a qualidade da água do Rio Batalha. Ele afirma que já tinha conhecimento sobre baixos índices de contaminação, provocados por propriedades rurais.

O peemedebista argumenta que, entre um dia e o outro, a qualidade da água pode ser alterada de forma brusca. Chuva intensa ou a escassez de chuva, por exemplo, afetam negativamente. “Quando chove muito, bastante sujeira é levada para o rio”, explica.

Se uma amostra fosse coletada hoje, Agostinho acredita que o resultado também seria ruim. Ele pontua que, por conta da seca, não há trocas da água do rio, que passa a concentrar grande quantidade de matéria orgânica em decomposição.

Estudo
Chefe do laboratório do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Aline Cristina Nunes da Rocha afirma que, diante dos resultados apontados pelo relatório da Cesteb, a autarquia fará estudos para identificar a existência de eventuais problemas.

“O IAP mede um grupo muito grande de variáveis: envolve a pare bacteriológica e de algas também. Por isso, precisamos nos debruçar sobre as análises”.

Os resultados do relatório não preocupam o departamento, segundo Aline. Ela enfatiza, porém, a necessidade de monitoramento, o que já acontece tanto internamente quanto por meio de um laboratório contratado. “Não identificamos mudanças físico-químicas relevantes”, garante.

Vegetação
As matas ciliares no entorno do rio também interferem na qualidade da água. Aline da Rocha lembra que um intenso trabalho de reflorestamento foi promovido pelo Fórum Pró-Batalha. Essas atividades, porém, foram interrompidas.

Contaminação no aquífero
No último Dia Mundial da Água, celebrado ao 22 de março, o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) admitiu que, pela primeira vez, o DAE verificou a variação de nitrato na água do Aquífero Guarani, responsável pelo abastecimento de 62% dos bauruenses. Trata-se de um dos indícios de contaminação, provocada pela falta de tratamento de esgoto e pelo aterro sanitário da cidade. O fenômeno está sendo analisado pelo Instituto Geológico. Além disso, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas foi contratado para avaliar os fatores de contaminação via aterro.

Fonte e Agradecimentos: JC Net
Veja Mais: http://www.jcnet.com.br/Politica/2014/05/cai-qualidade-da-agua-do-batalha.html

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