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Câmara discute Recursos Hídricos no Brasil

A necessidade urgente de definir uma política mais eficaz e com definições claras sobre a exploração e a preservação dos nossos recursos hídricos ganhou apoio unânime na reunião de ontem (12/03) do Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos Deputados, após a exposição do professor Paulo Salles, PHD em Ecologia pela Universidade de Edimburgo e professor da Universidade de Brasília, sobre os Comitês de Bacias Hidrográficas brasileiras.

Como ele observou, o Brasil criou os comitês, mas eles não possuem agências com corpo técnico e não têm muito claras as suas abrangências e competências. “Eles ficam a meio caminho do governo e das Ongs. Precisamos explicar aos outros órgãos que somos poder público. Na preservação das nossas bacias não temos definições e metas de como obter recursos e quando eles existem faltam projetos para aplicá-los”.

O presidente do Cedes, deputado Inocêncio Oliveira (PR/PE) comentou o conflito das legislações, já que os rios são federais, o que torna inconstitucional criar agências que cuidem regionalmente das suas bacias.

camara a.toledoO deputado Alexandre Toledo (PSB/AL) salientou que pode constatar da sua residência, em Penedo/AL, à beira do São Francisco, que o maior rio do Nordeste está secando. “E em Maceió – acrescentou – os poços artesianos, que foram emergenciais pela falta de água na capital, estão salinizando pela pressão do oceano. Hoje, como vemos em São Paulo, o problema da água deixou de ser uma questão nordestina. E não é só por falta de chuva. Não soubemos preservar nossos recursos. Meus netos talvez ainda vivam bem com a água que temos, mas não sei se os netos desta geração que está chegando agora terão as mesmas disponibilidades”.

O deputado Felix Mendonça (PDT/BA) disse que o Brasil está à beira de um desastre se não agir rápido. “Nós vivemos de improviso e de ações emergenciais: se falta estrada estabelece-se um programa emergencial; falta energia, corremos a fazer termoelétricas de última hora. Mas quando faltar água não teremos o que fazer”. Ao final da sua exposição, o professor Salles confessou ser um “eterno otimista”, mas acrescentou que o problema hídrico brasileiro só terá uma solução aceitável quando envolver governo, Legislativo, empresários, a população como um todo.

Fonte: Boa Informação
Veja mais: http://www.boainformacao.com.br/2014/03/camara-discute-recursos-hidricos-brasil/

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