A cheia dos rios no estado do Amazonas já afetou, até agora, 460 mil pessoas. E uma das piores situações é em Anamã. A cidade está completamente alagada e em situação de calamidade pública.
Alessandro só consegue entrar em casa pela janela. Isso porque conforme a água sobe diminui a distância entre o piso e o telhado.
Alessandro mora em Anamã, a 165 quilômetros de Manaus. A cidade passa pela maior cheia da história. O prédio da prefeitura foi fechado. A Câmara de Vereadores, os Correios, a única agência bancária e até a delegacia estão parados. Todas as escolas públicas do munícipio cancelaram as aulas. O Rio Solimões também alagou o hospital da cidade.
A recepção do hospital Francisco Sales de Moura, no município de Anamã, alagou. A última cheia parecida como essa foi em 2012. Só que essa em 2015 já está 28 centímetros acima daquele ano e, para circular pela unidade, só com um barco dentro do hospital, seguindo pelo corredor. Está tudo alagado.
“É muito triste deixar de oferecer toda uma estrutura que você tem da unidade, você para e você vê o que fazer, como atender”, diz a diretora do hospital, Katiúscia Marques.
A expectativa é de que as águas só recuem completamente em setembro.
“A nossa maior preocupação é recuperar o sistema viário, o sistema de águas, fazer toda a limpeza. É uma reconstrução total na sede e na zona rural do município. Os prejuízos são incalculáveis”, afirma o coordenador da Defesa Civil de Anamã, José Luiz Batista.
Uma balsa-hospital vai chegar, nesta quinta-feira (25), na cidade para evitar que os moradores fiquem sem atendimento médico.
Fonte: G1