A espuma branca que surgiu nesta segunda-feira (17) em trecho do Rio Piracicaba entre a passarela pênsil e a ponte do Caixão foi resultado da presença de detergentes no esgoto doméstico lançado no manancial, de acordo com análise da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Com a redução do volume de água em razão da falta de chuvas, a concentração de esgoto aumenta, o que propicia a formação de espuma.
“A causa da formação de espuma é a parcela de esgoto não tratada. O detergente, mesmo o biodegradável, precisa de oxigênio na água para se degradar. Conforme monitoramento da Cetesb na quinta-feira (13), a concentração de oxigênio, por um longo período, ficou próxima de zero“, informou a assessoria de imprensa da companhia.
As bactérias que degradam o material orgânico precisam de oxigênio para cumprir o seu papel. Em um cenário como o atual, com a baixa vazão do rio, nem os detergentes biodegradáveis conseguem ser destruídos e permanecem ativos. “Desta maneira, ao atravessar barragens e corredeiras, surge a formação de espuma no rio“, explicou a Cetesb.
A vazão média do Rio Piracicaba para o mês de fevereiro, de acordo com os dados do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) para um histórico de dados coletado desde 1964, é de 201,5 mil litros de água por segundo. Às 19h30 desta segunda-feira, a vazão era de 28,3 mil litros de água por segundo. Trata-se da pior seca nos últimos 50 anos.
Tratamento de esgoto
“A minimização do problema de geração de espumas virá com a ampliação do tratamento dos esgotos dos municípios da Bacia do Rio Piracicaba. O Rio Piracicaba, na altura de Piracicaba (SP), concentra toda a carga de esgotos, tratados e não tratados, lançada pelos municípios localizados a montante. Isso contribui para determinar a qualidade das águas do rio“, relatou a Cetesb em nota.
Fonte: G1
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