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Indústrias terão que diminuir em 30% captação de água na região de Jundiaí

Toda vez que os rios estiverem com volume muito abaixo do normal, as indústrias da região de Jundiaí (SP) terão que diminuir em 30% a captação de água. Isso funciona para as empresas que utilizam água das bacias dos rios Piracicaba, Capiravi e Jundiaí. Na região, há mais de cinco milhões de pessoas, em 76 cidades do interior paulista.

Um depósito de sucata da região vai dar lugar a um reservatório de 2,7 milhões de litros de água da chuva, o suficiente para abastecer a fábrica de caixas de papelão por três meses. “Para a empresa é um passo muito importante. Primeiro para atender atender a uma determinação da Agência Nacional de Águas, segundo pelo apelo ambiental que isso vai trazer e também a economia de recursos”, diz o técnico ambiental Cláudio Ciconatto. Na prática, significa redução de até 50% da quantidade de água retirada de um afluente do rio Atibaia.

A medida cumpre a lei e, toda vez que os rios estiverem com volume muito abaixo do normal, as indústrias serão obrigadas a diminuir em 30% a captação. “A gente tem que se unir, todos para fazermos as ações e economia de água principalmente e aí a gente consegue atravessar esse período de crise severa”, afirma o coordenador de projetos da Bacia PCJ, Guilherme Valarini.

Em uma empresa do setor de alimentação, a água da chuva é captada nos telhados para regar jardins e lavar pátios. Foram criados circuitos fechados de água para resfriar bombas e o vapor usado no processo é aproveitado para a limpeza. A redução no consumo foi de 50%.

Para aumentar o aproveitamento de água na empresa, vários testes estão sendo feitos no laboratório. Em um deles, a água que é descartada na fábrica com material orgânico recebe um produto químico importado e em alguns minutos a mudança é visível. “O que está faltando é a aprovação dos órgãos oficiais. Essa água será reutilizada na fábrica internamente em banheiros. Temos vizinhos que necessitam dessa água para irrigação. Então será bem aproveitada”, explica o gerente industrial Henrique Roçafa.

O diretor da indústria, que é holandês, aplica algo que na Europa já faz parte do cotidiano: o uso racional da água. “A economia de água, a economia de energia faz bem para a consciência, faz bem para o bolso e principalmente faz bem para o nosso planeta”, afirma o diretor geral Gerto de Rooij.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que as empresas que querem adotar o reuso de água precisam fazer um projeto. O documento será analisado pelo orgão ambiental que pode ou não dar a autorização. O projeto deve seguir as normas da Agência Nacional de Água (ANA).

 

Fonte: G1

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