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Mesmo com a seca, situações de desperdício de água são comuns

A seca que há dois anos assola o Semiárido nordestino (ainda) não chegou a Fortaleza. Enquanto no interior do Ceará dezenas de municípios sofrem com o desabastecimento e a falta de acesso à agua, na Capital não são raras as situações em que se é possível flagrar o uso abusivo da água. Segundo a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Fortaleza tem o seu abastecimento garantido por, pelo menos, dois anos. Especialistas, no entanto, alertam: mesmo entre os que não sentem os efeitos da seca, é necessário evitar o desperdício.

O fortalezense não tem a menor percepção de onde vem essa água, do custo financeiro e social e do impacto das grandes obras pra abastecer Fortaleza. Aqui as pessoas usam sem o menor controle”, aponta a professora do departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Marta Celina Sales. Para Marta, o morador da Capital “não tem ideia do que é uma seca dessas”, pois todo o sistema de abastecimento do Estado estaria voltado para priorizar Fortaleza. “Tem pessoas que gastam por ignorância, outras por prepotência. Ambos são alienados em relação a essa água”, afirma.

Açudes
Segundo o assessor da presidência da Cogerh, Yuri Castro, a maioria dos açudes da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) está funcionando com apenas 30% da capacidade. Cerca de 80% da água que abastece a Capital, no entanto, de acordo com o assessor, vem dos açudes Castanhão (241,1 km de Fortaleza) e Orós (352,1 km). “Como ele é interligado ao sistema do Jaguaribe, não teremos problema de abastecimento esse ano. A água de Fortaleza, na verdade, vem do Cariri, dos Inhamuns e do sertão cearense. A gente observa que o pessoal não tem ainda consciência de uso racional da água”, comenta.

Segundo o gerente de Controle e Redução de Perdas da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Luiz Celso Pinto, o consumo de água em Fortaleza é semelhante ao registrado no resto do Estado: 150 litros diários d’água por habitante – valor considerado baixo se comparado à média nacional de 200 litros por pessoa. A utilização de água na Capital, no entanto, cresce a uma taxa de 4% ao ano, segundo Luiz. No segundo semestre, meses mais secos em que o calor se intensifica, há ainda um crescimento temporário de 5%, aponta o gerente.

Luiz afirma que a Cagece não possui dados sobre desperdício de água em Fortaleza. O gerente alerta, contudo, para a importância do uso racional dos recursos hídricos. “Por mais que a gente tenha certa garantia, garantia total ninguém pode dar. O que tem de água hoje no Castanhão nos abastece pelo ano inteiro. Mas vai que dá dois anos seguidos sem chover? Tem que existir essa preocupação. Estamos no Semiárido e tudo pode acontecer”.

Serviço
Plantão da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece)
Telefone: 0800 275 0195

Fonte: O Povo
Veja mais: http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/02/03/noticiasjornalcotidiano,3200644/mesmo-com-a-seca-situacoes-de-desperdicio-de-agua-sao-comuns.shtml

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