saneamento basico

Município não tem recursos para investir em saneamento

Uma revelação durante a prestação de contas “Obras e Ações” na Aciag, na segunda-feira (15), escancarou a realidade do saneamento básico. O prefeito Lauro Fröhlich reconhece a situação crítica e comentou que o avanço é lento devido à falta de recursos e a necessidade de Guaramirim possuir o Plano de Saneamento Básico que está em construção e já com audiências públicas encaminhadas para os meses de junho e julho, a primeira no próximo dia 24, na Câmara de Vereadores.

O sistema de tratamento e distribuição de água está sucateado devido à falta de investimentos durante décadas. Com a municipalização também não houve a preocupação do ente público na melhoria. A atual estação está no limite da capacidade, tratando 120 litros por segundo, insuficiente para manter cheios os reservatórios em face de demanda de consumo. Uma ETA auxiliar para tratar até 50 litros por segundo está projetada, mas para isso é necessária a documentação como a outorga e a licença ambiental de operação.

A sobra do faturamento é ínfima para investimentos. Praticamente tudo o que a Águas de Guaramirim fatura vai para o pagamento da Serrana, contratada para operar o sistema. O custo é R$ 430 mil mensais. A arrecadação anual é de R$ 5,6 milhões, conforme foi mostrado pelo prefeito na Aciag. Além disso, existe o desperdício estimado em 65%, quando o aceitável é de 35%, em média.

Segundo o prefeito Lauro, isso acontece durante a troca de hidrômetros, lavagem e troca de filtros e vazamentos. O alto custo operacional é contrastado com a tarifa. De 2009 a 2013 não houve correção tarifária, apenas em 2014, quando passou para R$ 24,90 para consumo de até 10 mil litros mensais. “O ideal é que fosse R$ 32,80”, disse.

Perdas com água tratada são elevadas e causam preocupação

O desperdício de água tratada em Guaramirim é preocupante devido ao alto custo que representa. Dados do Sistema Nacional de Informação de Saneamento apontam que em média, 38,8% da água é perdida entre a saída da estação de tratamento e a entrada nas casas. Em algumas cidades, o volume perdido chega a 70% conforme pesquisa da Unicamp. No Japão a perda fica em torno de 7%.

O prefeito Lauro Fröhlich diz que é preciso minimizar a perda de água e isto se dá por meio de investimentos. O Município não possui recursos próprios e empréstimos esbarram na capacidade de endividamento da Prefeitura. Seguidos rompimentos de rede se dá devido ao ressecamento do material. Os tubos estão enterrados há décadas pela Casan, antiga gestora.

A construção de uma ETA auxiliar vai ajudar a manter os reservatórios cheios, mas não há prazo para isso. Pelo que se pode perceber nas explanações do Executivo, é vaga a possibilidade de uma solução em curto prazo. Outra situação é o tratamento do esgoto sanitário, sem perspectiva, ainda.O Plano de Saneamento Básico é uma das etapas do processo.

 

Fonte: Jornal do Vale de Itapocu

Últimas Notícias:
Embrapa Saneamento Rural

Balanço Social da Embrapa destaca ações em saneamento básico rural

As ações desenvolvidas pela Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) e parceiros em saneamento básico rural estão entre os nove casos de sucesso do Balanço Social da Embrapa 2023, que será apresentado na quinta-feira (25), a partir das 10 horas, em Brasília, na solenidade em comemoração aos 51 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Leia mais »