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17 países enfrentam risco extremamente elevado de falta de água

Um quarto da população mundial está a poucos dias de enfrentar uma perigosa escassez de água, alertou o World Resources Institute (WRI) nesta terça-feira, 6.

Dezessete países enfrentam “níveis extremamente elevados de estresse hídrico” porque consomem anualmente 80% da água disponível. De acordo com o instituto, a situação é agravada pelas secas mais frequentes provocadas pelas mudanças climáticas.

O Catar é o país de maior risco de escassez, seguido por Israel e Líbano. Os dados mostram que a maior parte das nações em alerta “extremamente elevado” está no Oriente Médio e no norte da África.

O Brasil ocupa apenas a 112ª posição entre os 164 países analisados, no grupo que apresenta o menor perigo (“nível baixo de estresse hídrico”). Feita em parceria com universidades e institutos da Holanda e da Suíça, a pesquisa considera dados de 1960 a 2014.

Crise global de água

Com uma população superior a 1,3 bilhão de habitantes – a segunda maior do mundo -, a Índia aparece na 13ª colocação, mas tem mais de três vezes a quantidade de pessoas do que os outros 16 países em risco somados.

O WRI alerta que a agricultura, a indústria e as cidades podem entrar em colapso com a “falência” da água. “Estamos enfrentando uma crise global de água”, disse, em nota, a diretora do programa global de água do instituto, Betsy Otto.

Nas últimas semanas, a sexta maior cidade da Índia, Chennai, foi a mais recente metrópole do mundo a alertar que suas torneiras podem secar, à medida que os níveis dos reservatórios despencam.

Oferta de água

O estudo lembra que situações semelhantes viveram a Cidade do Cabo, na África do Sul, que temia o “Dia Zero”, sem água, no ano passado; e São Paulo, no Brasil, que viveu uma prolongada crise hídrica, em 2015.

“É provável que vejamos mais ‘Dias Zeros’ no futuro”, afirmou a diretora do WRI.

De acordo com o instituto sediado em Washington, a oferta de água no mundo está ameaçada por vários fatores, entre eles as mudanças climáticas, o desperdício e a poluição.

Uma preocupação adicional, afirma o porta-voz Paul Reig, é a alta dependência do abastecimento pela água subterrânea, que é difícil de medir e gerenciar por estar em uma área profunda. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, um terço da água doce do mundo se encontra em lençóis freáticos.

“Como não os entendemos e vemos (lençóis freáticos), nos os administramos muito mal”, disse  Reig. /REUTERS

Fonte: Estadão.

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