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Paulistas economizam o equivalente a uma represa Guarapiranga cheia, após um ano do programa de incentivo

O programa de incentivo para economizar água completa um ano na Grande São Paulo e os paulistas já conseguiram poupar o equivalente a uma represa de Guarapiranga, uma das principais da cidade de São Paulo.

E tem os dois lados dessa questão. Por um lado o esforço da população diante de momento de crise. Mas tem o lado dos moradores que não gastaram água porque não tinham água para gastar.

A tal da redução de pressão acaba sendo uma economia forçada. Com o bônus, a população acabou economizando porque interessava. A consciência que levou muito a isso, não só a questão financeira.

Mas teve a obrigação mesmo de acabar economizando, simplesmente, pelo fato de não ter água. É a tal da redução da pressão. Muitos moradores da Grande São Paulo estão gastando menos água. Mesmo se quisesse não teria como gastar porque a Sabesp admite que há em toda região metropolitana de São Paulo a redução da pressão.

Tem dia que a família da cantora Maria Aparecida de Oliveira não tem água encanada nem para tomar banho. “A gente pega água da chuva. Que é coisa forçada mas eu consegui bônus deles sim, mas sem água”, afirma a cantora Maria Aparecida de Oliveira.

Depois de um ano com o sistema de bônus, o último balanço da Sabesp mostra que 82% dos clientes estão gastando menos do que antes da crise.

A Sabesp diz que as maiores economias foram na indústria, no comércio e nos condomínios residenciais que buscaram outras fontes, como poços artesianos e caminhões-pipa. E diz que não tem nenhum bairro que receba água como antes.

“A região metropolitana de São Paulo, praticamente 100% dela está passando pelo regime de redução de pressão. São 4,6 milhões de clientes que estão em região de redução de pressão. Desse total, 50 mil pessoas, a gente observa que tem algum impacto com e, com essa sistemática da redução. Geralmente elas tão impactadas ou porque elas não têm caixa d’água ou porque elas estão em pontos muito altos e distantes de reservatórios, aí demora um tempo maior pra recuperação do abastecimento”, diz gerente de Relacionamento com o Cliente/Sabesp
Samantha Souza.

É o que acontece com a terapeuta Nancy de Araújo Félix, lá de Pirituba, que cortou todas as calhas da casa, para recolher a água da chuva. “Dos bairros todos aqui, eu acho que é um dos mais altos da cidade de São Paulo. Então demora um pouco mais para chegar. A gente utiliza essas outras coisas para ajudar.

Por dia, o consumo por pessoa na região metropolitana de São Paulo era de 155 litros por pessoa. E com toda essa economia caiu para 118 litros.

A ONU diz que com 110 litros, por dia, uma pessoa consegue sobreviver.

 

 

Fonte: G1

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