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Lixão

Semasa (Santo André/SP) inicia ampliação do aterro sanitário

Expectativa é a de garantir aumento de seis anos na vida útil do equipamento, que recebe cerca de 19 mil toneladas de resíduos ao mês

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) iniciou as obras de ampliação do espaço do aterro sanitário de Santo André. Licenciadas pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), as intervenções têm o objetivo de aumentar a vida útil do equipamento em cerca de seis anos. O município é o único do Grande ABC que tem aterro próprio, que recebe 100% dos resíduos gerados na cidade. As obras estão divididas em três etapas e vão expandir a área útil do aterro em 30%, passando dos 217 mil metros quadrados atuais para 280 mil.

Os trabalhos para ampliação incluem a escavação e preparação do terreno, impermeabilização do solo e execução dos taludes e drenos de gás e líquidos. Além disso, a autarquia trabalha também no alteamento de cotas do aterro (elevação da altura do maciço de resíduos), ou seja, locais já autorizados pela Cetesb para disposição de resíduos sólidos domiciliares. A ampliação do equipamento de Santo André vai garantir uma economia ao Semasa de aproximadamente R$ 100 milhões nos próximos seis anos, valor que seria gasto caso o município tivesse de destinar os resíduos em um aterro particular.

A professora de resíduos sólidos, contaminação e remediação de solos da UFABC (Universidade Federal do ABC) Giulliana Mondelli explicou que o aumento de 63 mil m² de área, apesar de parecer grande, é pouco, e lembrou que a ultima ampliação do aterro foi por meio de alteamento das cotas, que exige muito mais cuidado técnico por conta das características dos resíduos que mudam ao longo do tempo. “A ampliação por área tem menos riscos”, pontuou.


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Resíduos

Giulliana destacou que o prazo de seis anos deve ser usado para que seja encontrada uma solução para a destinação dos resíduos da cidade, uma vez que essa é a última ampliação possível do equipamento. “Santo André vai precisar de uma nova área para aterro, mesmo que existam alternativas como o incinerador, ou aumento da coleta seletiva”, afirmou. A docente afirmou que a cidade precisa pensar em alternativas para melhorar a gestão dos resíduos imediatamente, e não em um prazo de seis anos. “É preciso ampliar de maneira quantitativa a coleta de recicláveis, aumentando o volume consideravelmente, com mais educação ambiental para a população”, concluiu. Alternativas como incentivo à compostagem de feiras livres também é uma estratégia citada pela especialista para aumentar o tempo de vida útil do equipamento.

Segundo o Semasa, que opera o aterro de Santo André, o equipamento é um dos mais bem avaliados do Estado com nota 9,4 concedida pela Cetesb. O local foi aberto em 1986 e hoje também abriga a sede das duas cooperativas de reciclagem da cidade, a CoopCicla e a Cidade Limpa, responsáveis pela triagem e venda de todos os resíduos recicláveis gerados na cidade. Atualmente, cerca de 19 mil toneladas de resíduos úmidos são coletadas por mês e enviadas para tratamento ambientalmente correto no equipamento.

Gestão

Diário mostrou nos meses de agosto a outubro, por meio de 13 reportagens na série Destinos do Lixo, os desafios na gestão dos resíduos sólidos e como um deles é o tempo de vida útil limitado dos aterros. Além do equipamento de Santo André, o Grande ABC conta com outro aterro sanitário, privado, que recebe os detritos de seis cidades da região, além dos resíduos produzidos por cidades do Litoral e da Região Metropolitana de São Paulo.

Fonte: DGABC.


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