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CE: Oito cidades esperam por adutoras para não ficar sem água

Os municípios de Irauçuba, Canindé, Caririaçu, Alcântara, Potiretama, Maranguape, Crateús e Tauá aguardam pela decisão do Ministério do Planejamento para não entrar em colapso de abastecimento de água nos próximos meses. O Governo do Estado solicitará ao órgão federal, na próxima semana, recursos para construção de oito Adutoras de Montagem Rápida (AMR), ação emergencial que deverá amenizar os efeitos da seca. Entre as reservas hídricas que servirão como fonte, apenas a de Crateús segue indefinida.

 

A simulação para escolha dos açudes que deverão fornecer água considera índices dos piores aportes hídricos históricos, para que se tenha noção de até quando e com qual volume eles continuarão em atividade. “Estamos trabalhando com a ideia de que no ano de 2014 essas reservas receberão a pior recarga. Se em um determinado açude a pior média foi X, saberemos até onde essa quantidade aguenta”, explicou o assessor técnico da presidência da Companhia de Recursos Hídricos (Cogerh), Yuri Castro.

 

Nenhum dos açudes indicados está com volume acima dos 50% e, em Crateús, a Cogerh estuda a possibilidade de ampliar os 51,8 km da AMR, já que os reservatórios mais próximos ao município podem não garantir o abastecimento. A mudança estrutural evitaria que acontecesse, novamente, o que foi registrado em Irauçuba, onde uma AMR foi construída a partir de um açude que está prestes a secar, fazendo com que outro equipamento fosse necessário.

Custos e estrutura

Os custos de cada adutora, conforme Yuri, variam de acordo com o diâmetro das tubulações, que dependerá da vazão almejada para transposição da água. A extensão também influencia no preço, entretanto, de acordo com Yuri, isso não será um fator limitante. “Nós ainda não temos adutoras com 200 quilômetros, por exemplo. Mas não existirá limite para os novos equipamentos. Vai ser de acordo com a distância necessária para pegar água, principalmente porque estamos colocando todos os dispositivos de uma adutora definitiva”.

 

Uma caixa d’água que evita o colapso da água se houver um vácuo na tubulação e válvulas que evitam o rompimento do equipamento a partir de uma forte vazão são exemplos desses dispositivos. O engate rápido e a colocação em superfície são características que classificam os equipamentos como de emergência. Sobre as possibilidades de vazamentos, vandalismo ou “gato” junto às tubulações, Yuri afirmou que, por ficarem expostas, esse tipo de ação é mais tímida. Caso haja algum tipo de acidente, por estarem às margem das estradas, existem tubulações reservas para manutenção corretiva.
Levantamento

No último dia 12, O POVO mostrou que 29 cidades estão com risco de entrar em colapso no abastecimento d’água até o fim do ano. Desse total, 10 foram classificados em situação de alta criticidade, oito de média criticidade e 11 de baixa criticidade. Todos demandam ações emergenciais que, no geral, incluem perfuração de poços e construção de Adutoras de Montagem Rápida.

 

Números

 

29 é o número de municípios com risco de entrar em colapso até o fim do ano

 

8 é o número de cidades ondem devem ser construídas Adutoras de Montagem Rápida

 

Saiba mais

 

O projeto sobre a execução das oito adutoras foi aprovado por Cid Gomes após reunião na terça-feira com secretários do governo e técnicos da Defesa Civil.

 

Os prazos de conclusão de uma AMR podem reduzir de um ano para apenas um mês.

 

No fim do ano passado, houve um rompimento de trechos da adutora recém-construída em Itapipoca (a 147,3 km da Capital).

 

A adutora, orçada em R$ 18 milhões, apresentou vazamentos ao longo de seus 30 km de extensão ao ser acionada para teste. Cid Gomes foi ao local e ficou ajudando os trabalhadores nos reparos, carregando materiais de construção e mergulhando em uma caixa d’água para ajustar peças.

 

Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/02/15/noticiasjornalcotidiano,3206957/oito-cidades-esperam-por-adutoras-para-nao-ficar-sem-agua.shtml

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