O presidente mundial do grupo italiano de energia Enel, Francesco Starace, anunciou ontem que o grupo vai investir € 3,2 bilhões (R$ 11,3 bilhões) entre 2017 e 2019 no Brasil. A empresa é dona no país de ativos como a distribuidora de energia Ampla, que passou a usar o nome Enel. Deste total, € 1,7 bilhão será destinado a novos projetos e outro € 1,5 bilhão será usado na manutenção dos projetos já existentes.
O montante previsto de investimentos no país representa um aumento de 20% em relação aos aportes feitos nos três anos anteriores. Segundo o executivo, os principais focos no país são em distribuição e em fontes renováveis, como energia eólica e solar.
Sem citar nomes, o executivo indicou que o grupo tem interesse nos futuros leilões de distribuidoras da Eletrobras, como é o caso da Celg, empresa de Goiás, que tem leilão marcado para o próximo dia 30.
— Estamos definitivamente interessados em ativos de distribuição de energia no Brasil, mas não é nossa política dizer quais são os alvos. Há muitos ativos de distribuição no Brasil, nem todos atraem nosso interesse devido a questões geográficas — diz Starace.
‘CRISE VAI PASSAR’
Sobre a crise econômica do Brasil, Starace disse acreditar que o país começa a se recuperar:
— A crise tem sido motivo de preocupação, mas essa preocupação está se reduzindo. As discussões que estamos tendo com os reguladores sobre a Ampla mostram que o sistema está funcionando. Estamos confiantes que a crise no Brasil vai passar.
O volume global de investimentos do grupo italiano no período de 2017 a 2019 será de € 20,9 bilhões. Deste total, € 12,4 bilhões serão destinados a novos negócios. O restante será empregado na manutenção das operações atuais.
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A Enel atua no Brasil nas áreas de distribuição e geração de energia, além de projetos de energias renováveis, como solar e eólica. Dentre as principais metas do grupo está o aumento de suas atividades em geração e distribuição de energia, além de investir mais em fontes renováveis.
Em seus planos, o presidente da Enel informou que o grupo prevê receita de cerca de € 3 bilhões com a venda de ativos.
Fonte: O Globo