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Estiagem ‘apressa’ demissão de 4 mil trabalhadores nos canaviais da região

A falta de chuvas prejudicou o desenvolvimento das lavouras de cana-de-açúcar na região de Piracicaba (SP) e vai acelerar o fim da safra, gerando a demissão antecipada de cerca de 4 mil trabalhadores rurais, segundo estimativa da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana). O trabalho nos canaviais se estenderia até novembro, mas em razão da estiagem terminará em setembro, com produção até 40% menor que a da safra anterior.

Cortadores de cana-de-açúcar em Piracicaba (Foto: Cesar Fontenele/EPTV)Os cortadores de cana-de-açúcar serão demitidos mais cedo este ano (Foto: Cesar Fontenele/EPTV)

As plantações, que deveriam ter atingido 2,5 metros de altura, não passaram de 80 centímetros em algumas áreas. E neste tipo de cultura a irrigação artificial é economicamente inviável por exigir alto investimento e grande quantidade de água, de acordo com Francisco de Lima, engenheiro agrônomo da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati).

Cortadores de cana-de-açúcar em Piracicaba (Foto: Cesar Fontenele/EPTV)Com a estiagem, 4 mil trabalhadores serão prejudicados (Foto: Cesar Fontenele/EPTV)

José Francisco da Silva Filho, gerente de um consórcio de produtores rurais, contratou 600 cortadores de cana, mas mudou os planos. “A gente deve fazer a demissão de 50% em setembro e dos outros antes de novembro, o que deve aumentar o custo porque vamos demitir, pagar os encargos e a viagem antes do previsto”, disse.

Sem condições para se desenvolver, a cana produz menos açúcar. Normalmente, o índice é de 139 quilos por tonelada. Com a estiagem, a taxa de Açúcar Total Recuperável (ATR) cairá para 120 quilos.

Cortadores de cana-de-açúcar em Piracicaba (Foto: Cesar Fontenele/EPTV)Sem chuva abundante, lavoura produz menos (Foto: Cesar Fontenele/EPTV)

Os fornecedores reclamam ainda do preço pago pelas usinas, que segundo eles não cobre o custo de produção. “O custo de produção [por tonelada] hoje é de em torno de R$ 72 e a gente recebe R$ 65 da usina. Não fecha a conta e o produtor não tem caixa para aguentar. Então, não tem como segurar o trabalhador”, afirmou José Rodolfo Penatti, gerente do departamento técnico da Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba (Afocapi).

Os cortadores de cana-de-açúcar ganham um salário fixo e um extra por produção. “A cana do ano passado estava mais grossa, mas neste ano está leve. Como pesa menos e a gente ganha por peso, fica uma situação ruim”, disse o trabalhador Jocimar de Jesus Santos.

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