saneamento basico

IBRE debate alternativas para ampliar investimentos na área de saneamento

O Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE), através da revista Conjuntura Econômica, realiza, no próximo dia 3 de maio, a partir das 10h, a mesa redonda “Saneamento – Investimento Social de Alto Impacto”, no auditório principal do edifício-sede da FGV no Rio de Janeiro, localizado na Praia de Botafogo, 190, 12º andar.

O setor de saneamento é o mais atrasado na oferta de serviços básicos à população. Oitava maior economia do mundo, o Brasil ostenta a 112ª posição em um conjunto de 200 países no segmento. Mais de 105 milhões de pessoas não são beneficiadas com a coleta de esgoto no país, enquanto somente 37,5% dos esgotos são tratados. O restante segue para a natureza sem tratamento. Seis milhões de brasileiros não possuem banheiro em casa. Este déficit tem um impacto sócioeconômico enorme em várias áreas, como: ambiental, saúde, educação, trabalho, turismo, entre outras.

Nas 100 maiores cidades brasileiras, onde vive 40% da população, as situações mais críticas estão no Norte e no Nordeste, com muitas capitais ocupando as piores colocações. O sudeste é a região que concentra a maior parte das melhores cidades em saneamento, com 14 entre as 20 melhores, mas ainda assim as capitais do país vêm avançando pouco em coleta e tratamento de esgoto. Estimativas apontam que dos pouco mais de 5,5 mil municípios brasileiros, cerca de um quinto deles – 1,2 mil – não possui companhias próprias de saneamento, o que mostra o potencial de parcerias nessa área.

Como a esmagadora maioria dos investimentos em saneamento saem dos cofres públicos e, em função da grave crise econômica que o Brasil atravessa, torna-se ainda mais premente a necessidade de novas formas de negócios que possam atrair a iniciativa privada. Para isso, no entanto, há a necessidade de regras claras, melhora no ambiente de negócios e retorno adequado dos investimentos realizados. É dentro deste contexto que o IBRE irá reunir um grupo de especialistas para a mesa redonda que visa discutir alternativas para que o país comece a sair dessa incômoda posição.

O encontro será dividido em dois painéis. No primeiro painel, “Políticas Públicas, Financiamentos e Regulação”, a moderação será realizada pelo pesquisador do IBRE José Roberto Afonso e os palestrantes serão o secretário Nacional de Saneamento Ambiental do MC – Ministério das Cidades, Paulo Ferreira; o diretor do DESAN – Departamento de Infraestrutura e Saneamento da Caixa Econômica Federal, Rogério Tavares; o economista e professor da FGV, líder do Grupo de Estudos da Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais da FGV, Gesner Oliveira; o líder especialista em Água e Saneamento do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, Gustavo Mendes; e Luiz Firmino, do Grupo Executivo de Gestão Metropolitana do Rio de Janeiro.

O segundo painel terá como palestrantes o diretor do Departamento de Saúde Ambiental da FUNASA – Ministério da Saúde, Victor Hugo Mosquera; o presidente do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos; o presidente da AEGEA, Hamilton Amadeo; o presidente da SUEZ, Gabriel Toffannni e Gustavo Pimentel, Diretor de Research & Analysis da SITAWI. O moderador do painel será o diretor do FGV Social, Marcelo Neri.

Fonte e mais informações: fgvnoticias.fgv.br/

Últimas Notícias:
Gerenciando Montanhas Lodo

Gerenciando Montanhas de Lodo: O que Pequim Pode Aprender com o Brasil

As lutas do Rio com lodo ilustram graficamente os problemas de água, energia e resíduos interligados que enfrentam as cidades em expansão do mundo, que já possuem mais de metade da humanidade. À medida que essas cidades continuam a crescer, elas gerarão um aumento de 55% na demanda global por água até 2050 e enfatizam a capacidade dos sistemas de gerenciamento de águas residuais.

Leia mais »