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Investimento em energia deverá atingir 48 trilhões de dólares até 2035

Atender à crescente demanda mundial de energia irá requerer mais de 48 trilhões de dólares até 2035, de acordo com o relatório da Agência Internacional de Energia (IEA na siglas em inglês). Atualmente, o investimento anual para o fornecimento de energia é de 1,6 trilhão de dólares, que deverá aumentar consideravelmente nas próximas décadas para 2 trilhões de dólares. O gasto anual com eficiência energética, tomando como base o ano de 2012, precisará aumentar de 130 bilhões de dólares para mais de 550 bilhões de dólares até 2035.

Do total de investimentos esperados, aproximadamente 40 trilhões de dólares deverão ser destinados ao fornecimento de energia e eficiência energética. Do investimento em fornecimento, 23 trilhões deverão ser destinados à extração de combustível fóssil, transporte e refino de petróleo; quase 10 trilhões em geração de energia com tecnologias de baixo carbono – sendo 6 trilhões de dólares para energias renováveis e 1 trilhão para nuclear – e mais 7 trilhões de dólares para transmissão e distribuição de energia.

Mais da metade do investimento em suprimento de energia será necessária para manter a produção nos níveis atuais, compensando o declínio das jazidas de petróleo e gás e para substituição de equipamentos nas usinas que chegam ao fim da sua vida produtiva.

Já o investimento em eficência energética estará concentrado nos principais mercados consumidores, na União Europeia, América do Norte e China, sendo 90% aplicados no setor de transporte e construção.

A confiabilidade e sustentabilidade do futuro do sistema de energia dependem de investimento, declara a diretora-executiva do IEA, Maria van der Hoeven. “Mas isso não irá se concretizar a menos que haja um cenário político confiável e fontes de financiamentos de logo prazo acessíveis. Há um risco real de deficiência com impactos regionais ou globais de segurança energética, bem como do risco de os investimentos serem mal orientados por direcionamentos relacionados aos impactos ambientais”.

Segundo a AIE, dados recentes mostram que o investimento anual em fornecimento de energia e combustível mais que dobrou desde 2000, enquanto os investimentos em fontes renováveis de energia quadruplicaram no mesmo período graças ao apoio de políticas governamentais.

Para exemplificar, o investimento de renováveis na União Europeia tem sido maior que o investimento na produção de gás natural nos Estados Unidos. As renováveis, incluindo biodiesel e plantas nucleares, somam cerca de 15% do fluxo de investimento anual. Mas a grande maioria dos investimentos aplicados atualmente, que superam 1 trilhão de dólares, está relacionada com conbustíveis fósseis.

De acordo com a IEA, o relatório não traçou os caminhos de metas de estabilização do clima, uma vez que as políticas utilizadas e os sinais de mercado não são fortes o suficiente para mudar a orientação de investimento em fontes de baixo carbono e eficiência energética na escala e velocidade necessárias. Contudo a Conferência do Clima da ONU, que será realizada em Paris em 2015, deverá servir como base para um novo cenário de investimento.

Fonte: Jornal da Energia
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