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PAC do Saneamento terá inversões de R$ 2,8 bilhões

Brasília – O governo federal lançou ontem a terceira etapa do "PAC do Saneamento". Serão liberados R$ 2,8 bilhões para obras de abastecimento de água e esgoto para cidades de até 50 mil habitantes selecionadas pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O órgão escolheu 635 pequenos municípios para serem beneficiados. Segundo o Ministério da Saúde, as obras atenderão 5,3 milhões de pessoas.

No discurso, a presidente Dilma ressaltou a importância da articulação entre governo federal, estados e municípios para fazer os investimentos. Ela pediu celeridade à plateia de prefeitos para a conclusão das obras. Quer tirar o atraso da falta de investimento das décadas anteriores.

"ɐ um setor tradicionalmente no qual não se investiu muito ao longo das décadas passadas. Antigamente, achava-se que o investimento enterrado não era interessante politicamente", disse a presidente antes de classificar esse raciocínio como "absurdo", porque gastos com obras de água e esgoto representam menor mortalidade infantil, população mais saudável e país mais civilizado.

Dilma ressaltou que no governo investiu R$ 37,8 bilhões em saneamento básico desde que o primeiro Plano de Aceleração do Crescimento foi lançado. Para mostrar a importância da cifra, a presidente contou uma breve história.

Disse que quando era ministra da Casa Civil, em 2005, um funcionário do Ministério da Fazenda entrou em seu gabinete para contar que conseguiu a liberação de R$ 500 milhões para investimentos a mais no país. Naquela época, o Brasil não tinha se livrado das restrições do Fundo Monetário Internacional (FMI) que limitavam o investimento para forçar o equilíbrio fiscal do país. O Brasil, segundo ela, havia investido R$ 2,5 bilhões em todas as áreas naqueles dois últimos anos.

Déficit – A presidente Dilma Rousseff aproveitou seu discurso durante o lançamento da terceira fase do PAC Saneamento para dizer que o Brasil tem um déficit de investimentos no setor. Sem mencionar nominalmente seus antecessores, ela ponderou que obras de esgotamento sanitário e tratamento e distribuição de água não têm apelo eleitoral e por isso no passado não contaram com o nível de investimento necessário. E que essa decisão política é uma vergonha.

"Temos uma grande carência na área de esgotamento. Temos que procurar zerar nosso déficit de forma que a gente cumpra os dispositivos do Plano Nacional de Saneamento. Este é um momento muito especial porque nós saltamos e mudamos de patamar, mudamos de qualidade. Nós não investimos antes como devíamos. Estamos nos esforçando para acabar com o déficit de investimento no saneamento, que era vergonhoso, que era uma decisão política vergonhosa em termos de prioridade. Saneamento no Brasil é prioridade, é saúde", afirmou.

Dilma fez um apelo aos prefeitos, que são os gestores que tocarão as obras, para que acelerem a execução das mesmas. Até hoje, foram gastos R$ 2,7 bilhões nas duas primeiras etapas do PAC do Saneamento. De acordo com o governo federal, as ações de saneamento já beneficiaram 1.044 municípios. (AG).

Fonte: Diário do Comércio
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