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Quase 60% do custo das Olimpíadas serão de recursos privados, diz Paes

Os governos federal e estadual e a Prefeitura do Rio anunciaram nesta quarta-feira (16), no Forte de Copacabana, Zona Sul do Rio, o custo das Olimpíadas de 2016. Quase 60% da conta serão pagos com dinheiro da iniciativa privada.

O salto do gasto total, dos R$ 28 bilhões previstos inicialmente, aos cerca de R$ 36 bilhões divulgados nesta quarta, não deve ser considerado um prejuízo, segundo o prefeito Eduardo Paes. De acordo com ele, os R$ 28 bilhões, reajustados pela inflação, pulariam para R$ 40 bilhões. Além disso, grande parte do montante investido será revertido para o legado da cidade, como a Transcarioca, a Linha 4 do metrô e obras de saneamento.

Pena que a gente não pode fazer Olimpíadas a cada dois anos. Se é para construir 18 km de metrô, que bom. O plano de legado é o mais importante e foi o primeiro a começar”, declarou Paes, acrescentando que a maior parte do investimento é da iniciativa privada. “A gente está economizando, boa notícia. A Olimpíada por enquanto está custando R$ 3 bilhões a menos do que estava previsto na candidatura. [Há] Sessenta porcento de recursos privados nesses R$ 36 bilhões. Sessenta porcento privados. Olhem a história de Londres, que a gente gosta de elogiar tanto. Não tem um tostão de dinheiro privado.
O documento apresentado, segundo Paes, é para a “população ver o que falta a ser feito e cobrar das autoridades”. Além do prefeito, estiveram presentes no evento o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e de Carlos Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro.

Divisão em três partes
O orçamento total é dividido em três partes. A primeira vem do orçamento do comitê organizador —responsável por gastos como transporte das equipes e material esportivo. Serão R$ 7 bilhões, pagos pela iniciativa privada.
A segunda é a chamada matriz de responsabilidades – as instalações olímpicas. Dos R$ 5,6 bilhões hoje, R$ 4,18 bilhões vêm de parcerias público-privadas: as PPPs.

Por último, aparece o Plano de Políticas Públicas, o chamado legado. São 27 projetos realizados que foram antecipados ou ampliados por causa dos jogos, como as obras do Porto do Rio, a Linha 4 do metrô e laboratórios para controle de doping. Investimentos federais, estaduais e municipais. Dos R$ 24 bilhões, quase a metade (43%) sai da iniciativa privada.

No caso da Prefeitura, são 14 projetos no valor de R$ 14,3 bilhões. Entre eles, a duplicação do Joá, a Transolímpica e o saneamento da Zona Oeste. Do valor, R$ 9,2 bilhões serão investidos pelo poder privado, R$ 1,2 bilhão, pelo federal e R$ 3,9 bilhão, pelo municipal.

No prazo
O prefeito disse que tudo será entregue no prazo. “Eu quero dizer uma coisa. Os presidentes de federação podem ficar muito tranquilos que os estádios vão se entregues. Eventualmente não no luxo que alguns esperam que sejam entregues estes estádios. Porque legado pra gente não é estádio bonito que vai ser desmontado depois. Legado pra gente é aquilo que fica pra população“, disse, incluindo o atraso no Complexo de Deodoro. “Quero voltar a afirmar que temos prazo e condição de entregar Deodoro a tempo. É um desafio, não temos gordura de tempo.

Em relação à vinda de um representante do Comitê Olímpico Internacional (COI) para acompanhar o andamento das obras, o prefeito voltou a dizer que ele será recebido pelos governos. “A reclamação do COI não é o legado. Se ele se mudasse para aqui seria um grande colaborador, é um sujeito ótimo. (Seria bom) Até para os presidentes das federações não ficarem tão histéricos”, disse Paes.

Galeão de fora do ‘legado’
No legado não foram incluídos projetos como a reforma do Aeroporto do Galeão. “O Brasil chegará à Copa de 2014 e às Olímpiadas de 2016 com uma capacidade aeroportuária muito acima, muito além da demanda projetada”, disse Aldo Rebelo.
A despoluição da Baía de Guanabara, prevista inicialmente, não foi integralmente incluída. Os investimentos serão pontuais. “Tem uma série de obras que nós estamos fazendo que nós não relacionamos aqui, mas que são obras que vão impactar na despoluição da Baía de Guanabara”, explicou Pezão.

Fonte: G1
Veja mais: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/04/rio-apresenta-plano-para-populacao-cobrar-o-que-falta-para-olimpiadas.html

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