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Aumenta o risco de um rebaixamento do Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre recuou 0,5% na margem, abaixo da expectativa do mercado (-0,3%). Foi o pior resultado desde o primeiro trimestre de 2009 (-1,6%). Três aspectos do PIB do terceiro trimestre merecem destaque. Primeiro, os piores desempenhos se deram nos agregados que vinham melhor até o meio do ano. Isso não deve impedir que a agropecuária e o investimento sejam os destaques do PIB deste ano, mas sinaliza para uma moderação na sua expansão.

Isso fortalece a perspectiva de que o PIB fique estagnado no segundo semestre de 2013, fechando o ano com alta de 2,3% a 2,5%. No acumulado do ano até o terceiro trimestre o PIB cresceu 2,4%, e, na comparação dos últimos quatro trimestres com o mesmo período um ano antes, 2,3%. Há, portanto, certa acomodação. Segundo, consolida-se a perspectiva de um crescimento mais baixo em 2014.

Contribuem para isso a desaceleração do crescimento este semestre; o ciclo de aperto monetário, com o Banco Central subindo os juros desde abril e, segundo as expectativas de mercado, devendo elevá-los até 10,5% no início de 2014; e o aumento das incertezas externas, com a perspectiva de que o Banco Central americano inicie logo o processo de redução de estímulos monetários. Na minha visão, o PIB deve crescer por volta de 1,8% em 2014.

Terceiro, há um significativo aumento das necessidades de financiamento externo. De um lado, isso reflete a boa notícia de que a taxa de investimento subiu para 19,1% do PIB, mas, de outro, assusta o fato da taxa de poupança estar em apenas 15% do PIB. Há algumas semanas, a agência de classificação de risco Moody”s rebaixou a perspectiva do rating soberano do Brasil, de positiva para estável. Um dos motivos explicitados pela agência foi o baixo crescimento da economia, neste ano e em 2014.

O resultado divulgado ontem pelo IBGE adiciona um pouco mais de preocupação e aumenta o risco de rebaixamento da classificação de risco de crédito do Brasil. Particularmente quando se considera que a política fiscal continua expansionista, os empréstimos para os bancos públicos continuam acontecendo e a inflação não dá sinal de cair. Em resumo, tudo indica que a taxa média de crescimento do governo Dilma não deve ser muito diferente de 2%.

Fobte: Clipping MP
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