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Cerca de 10 milhões de abelhas morrem em apiário de Porto Ferreira/SP

Mais de 10 milhões de abelhas morreram em um apiário na zona rural de Porto Ferreira (SP) em menos de uma semana. Segundo o proprietário, todo o trabalho de quase quatro décadas foi perdido nas 136 colmeias por conta de agrotóxicos de cana-de-açúcar.

Nem mesmo as abelhas rainhas resistiram e o chão do local está com milhares de insetos mortos. Os que restaram voam desorientadas.

Os nove apiários do apicultor Wanderley Fardin ficam dentro de um canavial. Segundo ele, o que provocou a morte das abelhas foi o agrotóxico despejado por um avião, que passou várias vezes nesta semana para matar os insetos que afetam a plantação de cana. Ele chegou a filmar a aeronave despejando o produto.

Prejuízos com as mortes
Ele estima um prejuízo de mais R$ 200 mil. “E está morrendo até agora, não parou de morrer. Isso aconteceu logo depois que a pulverização do avião passou”, disse Fardin.

Cerca de mil quilos de mel eram produzidos por ano. Agora ele não sabe o que fazer para recuperar a produção. “Cada colmeia dessa chega a render 50 quilos de mel por tirada. E agora?” questionou.

Análise das abelhas e folhas
A diretoria da usina Ferrari disse que usa um avião para pulverizar lavouras com agrotóxico, mas não na área onde ficam as colmeias. Informou também que pediu para um responsável da empresa, fabricante do produto utilizado, para recolher abelhas e folhas do local para fazer uma análise. O laudo deve ficar pronto em até 70 dias.

Uso incorreto de agrotóxicos
Em outubro do ano passado, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgaram o primeiro resultado do mapeamento sobre mortandade de abelhas no Estado de São Paulo.

De junho de 2015 até maio de 2016, as equipes analisaram 13 apiários de 6 cidades e concluíram que a principal causa da morte desses insetos é o uso incorreto de agrotóxicos.

Na região, nos últimos anos foram registradas milhões de mortes de abelhas em Santa Cruz da Conceição, Gavião Peixoto, Leme e Araras.

Fonte: G1

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