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Comunicado – funcionamento da coleta seletiva no período de isolamento

Comunicado sobre o funcionamento da coleta seletiva no período de isolamento social – COVID-19

1. Introdução:

O presente comunicado pretende trazer informações atualizadas sobre a situação da coleta seletiva no Brasil durante o período de isolamento social em função da pandemia ocasionada pelo novo Corona Vírus (COVID-19).

O levantamento das informações foi realizado pela consultoria SGS, no período de 23 de março a 24 de abril de 2020, junto às cooperativas, associações, comércios de materiais recicláveis, aparistas e recicladoras cadastradas no site “Rota da Reciclagem”, gerido pela empresa Tetra Pak.

2. Abrangência:

Durante o estudo, foram realizados 1.171 contatos, com 950 entidades, divididas em 21 estados e 504 municípios, em todo o território nacional. Considerando que a maior parte das instituições cadastradas no “Rota da Reciclagem” estão localizadas nas regiões Sudeste e Sul, os resultados da pesquisa demonstram esta quantidade de contatos agrupadas conforme figura abaixo.

A pesquisa buscou priorizar contatos com os municípios mais populosos, sendo que as cidades incluídas no estudo possuem 93.872.965 habitantes. A figura abaixo traz uma representação dos municípios consultados:

coleta-seletiva

Figura – Distribuição geográfica dos municípios contatados pela SGS durante a isolamento social.

Dentre os municípios contatos, foi possível obter informações sobre o funcionamento da coleta seletiva em 408 deles. A distribuição regional se dá da seguinte forma:

  • 228 municípios na região Sudeste;
  • 78 municípios na região Sul;
  • 67 municípios na região Nordeste;
  • 28 municípios na região Centro-Oeste; e,
  • 7 municípios na região Norte.

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3. Resultados da pesquisa:

Com base no levantamento realizado, foi possível observar que a região Nordeste foi a que proporcionalmente apresentou maior impacto na coleta seletiva. Dos 67 municípios contatados e que possuem o serviço consolidado, apenas 1 manteve o serviço operando normalmente, o que representa 1,5% da coleta seletiva na região. Já a região Sul foi a que manteve o maior índice do serviço de coleta seletiva operando normalmente (58,9 %), com 46 municípios em plena atividade. A tabela abaixo apresenta os resultados da pesquisa por região:

coleta-seletiva

Tabela – Status de operação da coleta seletiva por região do Brasil.

Foram consideradas as cidades que não possuem um serviço próprio ou terceirizado de coleta seletiva dos materiais. Apesar disso, os municípios classificados nesta categoria, possuem coleta de materiais de forma autônoma, realizada por cooperativas e associações de catadores de recicláveis.

A distribuição geográfica dos 105 municípios que suspenderam a coleta seletiva é apresentada na Figura abaixo.

Figura – Coleta seletiva nos municípios contatados durante o isolamento social do COVID-19.

O gráfico abaixo apresenta uma visão geral do status operacional da coleta seletiva nos municípios consultados e o percentual de representatividade dos mesmos.

Gráfico – Operação dos municípios durante o isolamento social do COVID-19.

Especificamente na cidade de São Paulo, vale observar que a triagem dos materiais da coleta seletiva foi interrompida em todas as cooperativas cadastradas no Rota da Reciclagem e que são conveniadas à Prefeitura. Apesar da interrupção, a Prefeitura vem suportando financeiramente os grupos dessas instituições e as Centrais Mecanizadas de Triagem (CMTs) da capital paulista mantiveram a operação com pessoal reduzido.

4. Conclusão:

Analisando os dados levantados na pesquisa, temos o seguinte cenário para o status da coleta seletiva no período de isolamento social:

  • 35,5% dos municípios não alteraram a programação da coleta seletiva;
  • 26,3% reduziram a frota de caminhões e a frequência de entrega dos resíduos nas cooperativas;
  • 24,9% dos municípios suspenderam temporariamente o serviço de coleta seletiva;
  • 12,7% dos municípios avaliados não possuem o serviço de coleta seletiva implementado.

O CEMPRE reforça a importância da coleta seletiva para a gestão dos resíduos sólidos no Brasil, representando a primeira etapa após o descarte pela população, e constituindo uma relevante fonte de renda e trabalho para as cooperativas e associações de catadores de recicláveis.

Nesse contexto, o CEMPRE espera que as atividades relacionadas à coleta seletiva e a gestão de resíduos sólidos retomem a situação de normalidade, tão logo tenhamos vencido a crise causada pelo Covid-19.

Fonte: CEMPRE.

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