O presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Henrique Pires, declarou nesta segunda-feira (12) que 60% das internações no Brasil são decorrentes da péssima qualidade do saneamento básico no país. Ele esteve hoje reunido com gestores municipais de todo o estado, discutindo a necessidade do esgotamento sanitário e fornecimento de água de qualidade.
Pires comentou sobre os investimentos feitos pela Funasa no estado, mas disse que é preciso uma conscientização geral sobre o assunto. Ele destacou que as doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti teriam drástica redução com um saneamento de qualidade.
“A Funasa investe R$ 22 milhões anualmente no Piauí para planos sobre o problema, precisamos de um novo ordenamento da legislação e principalmente uma conscientização sobre o Aedes, 15 especialistas foram ouvidos e foram categóricos sobre isso: sem saneamento, continuará a expansão do Aedes”, declarou.
Para o presidente, falta compromisso da sociedade sobre o assunto. Ele comentou que é mais difícil realizar obras de saneamento do que de outro tipo, o que pede ainda mais colaboração de todos.
“A realidade é que falta de compromisso de toda a sociedade para esse assunto. Temos que tratar como prioridade, porque é algo difícil, de complicada movimentação e escavação. É muito mais fácil fazer calçamento do que rede de esgoto”, disse.
Apesar da grande necessidade de investimento e da dificuldade na execução, ele destacou que o trabalho vale a pena e deve ser priorizado, porque o retorno para a saúde pública, além de maior qualidade de vida da população, gera economia aos gestores.
“A sociedade não prioriza, mas Organização Mundial de Saúde (OMS) já disse que cada valor gasto com saneamento é economizado até quatro vezes na área da saúde. Temos que ter compromisso da sociedade, porque o mais importante agora é o saneamento. No Piauí há muitas casas que sequer têm banheiros. Por isso estamos sempre em parceria com os gestores municipais e todo dia levamos conscientização”, finalizou.
Fonte: TV Cidade Verde