Um relatório divulgado nesta semana pela Agência das Bacias PCJ mostra que os trechos do Ribeirão Quilombo que cortam Americana e Sumaré tem o IQA (Índice de Qualidade da Água) ruim.
A análise técnica avaliou turbidez, resíduos totais, presença de fósforo, temperatura, pH (que indica acidez e alcalinidade), oxigênio dissolvido, DBO (demanda bioquímica de oxigênio), coliformes fecais e nitrogênio.
A agência usou dados fornecidos por suas estações de monitoramento no ano de 2016, e considerou como referência para a avaliação os índices preconizados pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
A graduação vai de zero a 100. O IQA varia entre péssimo (abaixo de 19), ruim (de 19 a 36), regular (36 a 51), bom (51 a 79) e ótimo (79 a 100).
Em Americana, o IQA medido no período ao longo do Quilombo foi de 27. Segundo Leandro Tresoldi, diretor do DAE (Departamento de Água e Esgoto) da cidade, o ribeirão é prejudicado pela emissão clandestina de esgoto nas cidades que precedem o trecho de Americana. O poder público, no caso, não considera que possam existir emissões clandestinas de esgoto doméstico ou industrial no trecho da cidade.
Importantes para o abastecimento da população em Americana, o Rio Atibaia tem índice 65 e o Piracicaba, 60. São considerados bons.
Quando cruza Sumaré, o IQA do Quilombo também é ruim – 25. No Ribeirão Tijuco Preto, é 21. Mas, segundo a prefeitura, os moradores são abastecidos a partir da captação nas represas do Marcelo e do Horto Florestal, além do próprio Rio Atibaia.
A classificação negativa dos ribeirões reflete o lançamento de esgoto sem tratamento nos cursos d’água. De acordo com a prefeitura, cabe à empresa BRK Ambiental, que administra o saneamento do município, execução de um projeto que prevê, ao longo da década, a instalação de um sistema de tratamento de resíduos para a despoluição dos ribeirões.
Fonte: O Liberal