saneamento basico

Professor da UFPE diz que saneamento não sai porque não rende voto

O professor da UFPE Clementino Coelho Júnior, oceanógrafo que estuda os manguezais do Recife e foi convidado para dar uma palestra no Rio Mar no mesmo dia que o centro comercial lançava um manifesto de sustentabilidade, disse, no evento Conexão Sustentável, que o saneamento não avança na capital pernambucana porque não rende votos.

“Saneamento básico não elege e é caro, além de demorar. No entanto, é a conservação da biodiversidade que vai garantir o nosso futuro. Apesar de todas as agressões, o mangue ainda resiste”

Há 30 anos temos o mesmo problema de tratamento de esgoto!”, reclamou, citando que a cidade deveria valorizar o corredor ecológico que o curso do Rio Capibaribe representava. “Aprisionar lixo não faz parte da missão dos manguezais. Nós tinhamos que olhar melhor para as laminas dágua. Isto eleva a nossa qualidade de vida”

Citando dados de outros pesquisadores da UFPE, Clementino Coelho afirmou que, em dadas épocas do ano, menos chuvosas, os efluentes que são despejados no Capibaribe são três vezes maiores do que a vazão do rio.

No evento, ele também destacou que o processo é histórico, começando quando aconteceram os aterros dos mangues e jogou-se esgoto lá para resolver os problemas da urbanização das cidades, como crescimento de forma desordenada. “Até escritores, como Josué de Castro, também falavam de forma pejorativa do mangue. Eram as áreas insalubres, como os urbanoides as descreviam”

O pesquisador é ligado ao projeto Mais Mangue, da Ilha de Deus.

 Fonte: UOL

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