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Para governo, Copa é “mais um grande evento” e não agravará crise da água em SP

A presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dilma Pena, garantiu nesta quinta-feira (15) que não é esperado aumento do consumo de água na Grande SP durante a Copa do Mundo, que começa no dia 12 de junho. Segundo ela, não haverá problema de abastecimento nesse período.

— São Paulo é uma grande cidade, que recebe grandes eventos, e a Copa do Mundo é mais um grande evento. A Sabesp está preparada para isso.

O secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, foi mais otimista. Segundo ele, poderá haver até queda no gasto de água. Apesar de não haver estudos que comprovem, o secretário diz que o aumento de turistas na cidade não seria suficiente para afetar o fornecimento.

— Eu acho, que isso vale tanto para o consumo de água tanto para o consumo de energia. A gente vê que as coisas não acontecem dessa forma. Pegando o caso do setor elétrico. Na hora que começa o jogo, ninguém consome energia, não usa água, aí vem o intervalo, há um crescimento.

Volume morto

A água do chamado volume morto do sistema Cantareira começará a chegar a casa de quem é abastecido por esse reservatório a partir de domingo (18). As bombas para retirar a água do fundo das represas de Jaguari e Jacareí, no interior do Estado, foram ligadas nesta quinta-feira pelo governador. As obras custaram R$ 80 milhões mas, segundo Alckmin, esse custo não será repassado aos consumidores.

A chamada reserva técnica acrescenta mais 18,2% aos atuais 8,2% de volume de água armazenado no sistema Cantareira. O governador disse que isso será suficiente para a Grande São Paulo enfrentar o período de seca, que deve durar, pelo menos, até outubro.

Além disso, a Sabesp está remanejando o abastecimento de alguns bairros das zonas norte e sul para os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga, respectivamente, com volumes de água maiores. Até agora 1,5 milhões de consumidores deixaram de receber água do Cantareira e o objetivo é que até junho esse número chegue a 2,1 milhões.

Segundo o governador, essa medida evitou um racionamento.

— A diminuição de 8 m³ por segundo com essa redução de usuários do Cantareira equivale a um rodízio de 36 horas com água e 72 horas sem água.

Qualidade da água

O Ministério Público Estadual investiga se o uso da água do volume morto oferece algum risco aos consumidores. Um parecer feito pelas pesquisadoras Dejanira de Franceschi de Angelis e Maria Aparecida Marin Morales, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), e Silvia Regina Gobbo, da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) embasa o inquérito. Segundo o parecer, “quanto mais baixo o nível dos reservatórios, maior é a concentração de poluentes, recomendando maiores cuidados com seus múltiplos usos”.

O governador disse que não há qualquer problema em consumir a água do volume morto.

— A Cetesb, que é o órgão fiscalizador e ambiental, atestou a qualidade da água, que é igual às outras. A água vai ser permanentemente monitorada, pela Cetesb e pela Sabesp.

Fonte e Agradecimentos: R7
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