Um equipamento híbrido entre célula solar e célula a combustível poderá ser uma opção para geração de energia elétrica a partir de um amplo cardápio de biomassa, como madeira em pó, amido, celulose e lignina encontrados nos vegetais, algas e resíduos do processamento de aves. Um protótipo desse dispositivo foi criado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech), nos Estados Unidos, sob a coordenação do professor Yulin Deng. A biomassa é moída e misturada com polioxometalato (POM), uma substância química que funciona como catalisador. Em seguida esse material é exposto à luz do sol ou calor.
O POM libera os elétrons da biomassa na presença da radiação térmica e os leva para um dos lados da célula a combustível formada por um conjunto de placas metálicas e de polímero. Ao chegar no lado posterior, os elétrons encontram oxigênio e passam para um circuito externo da célula a combustível, gerando eletricidade. O dispositivo pode ser utilizado em equipamentos eletrônicos de pequeno porte em países em desenvolvimento, além de fornecer energia em escalas maiores quando quantidades significativas de biomassa estão disponíveis. Simplesmente misturar restos de vegetais ou qualquer matéria-prima ligada ao experimento com o catalisador não resulta em reação química para geração de eletricidade.
Apenas quando expostos a luz solar ou a calor é que a reação acontece. Um artigo com a pesquisa foi publicado na revista Nature Communications, de 7 de fevereiro.
Fonte: Revista Pesquisa
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