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Campos Neutrais receberá R$ 3,5 bi para geração de Energia Eólica

O Rio Grande do Sul, que tem despontado no cenário nacional como um dos estados que mais contribuem com o crescimento da energia eólica na matriz elétrica brasileira, será também o detentor do maior empreendimento da América Latina no segmento. O Complexo Eólico Campos Neutrais – empreendimento da Eletrosul e parceiros em implantação nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí – está recebendo investimentos de aproximadamente R$ 3,5 bilhões. O valor considera, além da geração, as obras do sistema de transmissão que irá escoar a energia dos parques eólicos e integrar o extremo Sul gaúcho ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

O Complexo Eólico Campos Neutrais reúne três grandes parques: Geribatu, Chuí e Hermenegildo –, que somam 583 megawatts (MW) de capacidade instalada – suficiente para atender ao consumo de 3,3 milhões de habitantes. “Com esse gigantesco complexo, a Eletrosul consolida sua presença como maior empreendedora em energia eólica no Sul do País. Queremos manter essa tendência de crescimento para sermos sempre um dos players mais importantes do mercado eólico brasileiro”, afirmou o presidente da estatal, Eurides Mescolotto. Quase metade da potência instalada de geração eólica no Rio Grande do Sul, contratada nos leilões desde 2009, é de empreendimentos da Eletrosul e parceiros, que somam aproximadamente 800 MW.

O Parque Eólico Geribatu, com 258 MW divididos em dez usinas, já está em implantação. No Parque Eólico Chuí, que terá 144 MW de potência instalada em seis usinas, as obras serão iniciadas, de imediato, a partir da assinatura da ordem de serviço ocorrida nesta segunda-feira (05). Para a mobilização do canteiro de obras do Parque Eólico Hermenegildo, que terá 13 usinas com 181 MW de capacidade, a expectativa é que a licença de instalação seja emitida ainda neste semestre.

Campos Neutrais
A denominação do complexo eólico remete ao período da colonização. A área compreendida entre os banhados do Taim e o Arroio do Chuí, onde foram posteriormente instalados os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, foi palco de várias disputas entre tropas portuguesas e espanholas. Para evitar mais conflitos, com a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso, em 1777, a região ficou sendo um território neutro e, portanto, conhecida como Campos Neutrais.

“Temos procurado valorizar a cultura e história das regiões ao nominar nossos empreendimentos. Por isso, a escolha por Campos Neutrais. É dessa forma que as populações de Santa Vitória do Palmar e Chuí, e muitos outros gaúchos, como eu, conhecem a região”, lembrou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio.

Para o executivo, a geração de energia eólica é perfeitamente compatível com o perfil econômico dos municípios, uma vez que não interfere na atividade predominante na região, que é o cultivo agrícola, principalmente, de arroz.

“Empreendimentos como os que estamos trazendo para a região acabam impactando de forma muito positiva na economia dos municípios, pois geram empregos, movimentam o comércio local e reforçam a renda dos proprietários das terras onde os aerogeradores são instalados”, acrescentou Custódio.

Outro efeito da implantação de parques eólicos em Santa Vitória do Palmar e Chuí é a movimentação do turismo. Os aerogeradores, que chegam à altura de um prédio de aproximadamente 25 andares, têm atraído centenas de visitantes, tanto brasileiros como uruguaios. Fomentando o turismo regional, a Eletrosul implantou um Centro de Visitantes que, de fevereiro até agora, recebeu mais de 1,6 mil pessoas.

O outro grande complexo da Eletrosul – Cerro Chato (216 MW) – está localizado em Sant’Ana do Livramento, também em região de fronteira com o Uruguai. Cerca de 120 MW – o equivalente à capacidade instalada de 60 aerogeradores – estão em operação. O investimento em todo o complexo é de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Paralelamente à implantação dos parques eólicos, a Eletrosul em parceria com a Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-GT) está investindo aproximadamente R$ 800 milhões na construção do sistema de transmissão para escoamento da geração eólica e integração do extremo Sul ao SIN. São 470 quilômetros de linhas em extra-alta-tensão (525 kV), três novas subestações – Santa Vitória do Palmar, Marmeleiro e Povo Novo – e ampliação de unidades já existentes.

Fonte e Agradecimentos:
Veja Mais: https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2014/05/campos-neutrais-geracao-energia-eolica/24041

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